Saúde de Aracaju intensifica campanha de vacinação contra Influenza e alerta para doenças respiratórias

Foto: Ascom/SMS

Para reduzir os riscos de transmissão e evitar a sobrecarga nos serviços de saúde, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Aracaju está reforçando a importância da vacinação contra a gripe. 

Neste ano, a campanha de imunização contra a Influenza foi iniciada no último dia 7 de abril. As vacinas estão disponíveis em todas as 45 Unidades de Saúde da Família (USFs) do município. 

A ação tem como objetivo proteger a população contra o vírus da gripe a fim de se reduzir complicações, internações e óbitos causados pela doença. A imunização é fundamental para evitar casos graves, especialmente no período chuvoso, quando aumentam os registros de síndromes respiratórias.

A partir deste ano, a vacina contra a Influenza passa a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos a partir de 60 anos e gestantes. Além desses grupos, a campanha contempla profissionais da saúde, professores, puérperas, trabalhadores das forças de segurança, caminhoneiros e, nesta edição, também inclui os trabalhadores dos correios.

A médica infectologista da rede municipal, Mariela Cometki Assis, destaca que as baixas temperaturas favorecem a circulação de vírus como Influenza, Adenovírus, Rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

 “Com o frio, as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados e pouco ventilados, o que facilita a disseminação dos vírus. As crianças, por terem o sistema imunológico ainda em desenvolvimento e vias respiratórias mais estreitas, acabam mais suscetíveis a agravamentos”, explica.

Segundo a SMS, até o momento, já foram aplicadas mais de 43 mil doses da vacina contra a Influenza em Aracaju, sendo 7.473 destinadas a bebês e crianças. Esse número representa 35,38% de cobertura vacinal entre o público infantil.

A médica reforça, ainda, que a vacinação deve ocorrer antes da chegada do período mais crítico. “A produção de anticorpos leva de 30 a 40 dias após a aplicação da vacina. Por isso, é essencial que a população busque os pontos de vacinação com antecedência”, orienta.

Para a especialista, é fundamental procurar atendimento médico ao apresentar sintomas respiratórios. No entanto, ela destaca que os serviços de urgência e emergência são destinados prioritariamente a casos com sinais de gravidade. 

“Como falta de ar, respiração com esforço visível (movimento das “asinhas” do nariz), coloração arroxeada nas extremidades, tosse intensa que compromete a respiração e febre persistente que não cede com o uso de antitérmicos. Esses são sinais de alerta e precisam de avaliação imediata”, pontua Mariela Cometki.

Já crianças e pessoas com sintomas leves devem buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde poderão receber orientações e tratamento adequado, evitando a evolução para quadros mais graves.

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