A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira, 8, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por suposto desvio de recursos públicos. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se aceita a denúncia, o que poderá tornar o ministro réu.
A acusação baseia-se em inquérito da Polícia Federal (PF), que apontou indícios de crimes como organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e fraudes em licitações. As investigações apuram desvios de pelo menos R$ 835,8 mil em obras de pavimentação custeadas pela Codevasf no município de Vitorino Freire (MA), governado pela irmã do ministro, Luanna Rezende.
O relatório da PF cita mensagens trocadas entre Juscelino e o empresário Eduardo DP, apontado como sócio oculto da Construservice, empresa investigada por irregularidades em contratos públicos. Segundo a PF, o conteúdo comprovaria a participação do ministro em esquema criminoso.
A denúncia também teve como base um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que indicou benefícios diretos a propriedades da família do ministro.
O União Brasil, partido de Juscelino, saiu em sua defesa. O presidente da sigla, Antônio Rueda, afirmou confiar na inocência do correligionário e criticou a ausência de oportunidade para ampla defesa na PGR.
Em nota, a defesa do ministro alegou não ter sido oficialmente notificada e classificou a denúncia como fruto de um “viés punitivista”. Reafirmou ainda a inocência de Juscelino e disse esperar que o STF esclareça definitivamente o caso.
Com informações do Portal Metrópoles