Defesa de Rogério nega fraude em transferência de imóvel e diz que senador visa sanar dívida

Como representante da defesa do senador Rogério Carvalho, o advogado Eduardo Ribeiro concedeu entrevista ao Jornal da Fan desta quinta-feira, 3, e falou sobre a decisão judicial que mira patrimônios do senador em virtude de uma dívida milionária e acusação de fraude.

Segundo ele, a dívida – referente a compra de material gráfico para campanha eleitoral em 2014 – foi assumida pelo Partido dos Trabalhadores, mas o partido não arcou com os devidos pagamentos. ” Como não pagou, o senador Rogério Carvalho foi incluído na relação jurídica como devedor solidário. […] A história é que o Partido dos Trabalhadores não pagou a dívida e o credor continuou com a execução, com a cobrança. Nós estamos na fase de cumprimento da sentença. Foi penhorado o dinheiro do Partido dos Trabalhadores, R$ 30 mil, que já foi entregue alguns anos atrás. E foi penhorada uma casa, que é a casa do sede do Partido dos Trabalhadores, aqui na Barão de Maruim”, explicou.

Eduardo Ribeiro negou que Rogério tenha um patrimônio na Faria Lima, em São Paulo. “As filhas constituíram com os outros herdeiros do pai do senador Rogério a empresa Carvalho Patrimonial. Essa empresa que tem sede é da Faria Lima em São Paulo, mas é sede alugada. Hoje você sabe o que é sede, pode ser virtual. Então assim, não tem imóvel do senador Rogério. Esse da Faria Lima existe o endereço da Faria Lima, que é o endereço dessa empresa. Mas é uma sala alugada, é uma sala alugada da Faria Lima”.

Ele também detalhou a situação do terreno arrendado para o grupo Atakarejo, no município de Lagarto. De acordo com o advogado, trata-se de um patrimônio das filhas de Rogério e dos irmãos.

“Essas pessoas constituíram uma sociedade patrimonial para cuidar desse imóvel. E esse imóvel foi alugado para essa empresa de supermercados e distribuição chamada Atakarejo, que tem feito uma distribuição de loja no estado do interior do Sergipe”, revela.

O advogado argumenta o porquê que a ação de transferência de imóvel não se configura como fraude. “A penhora foi feita no dia 19 de novembro de 2024. E a transferência para as filhas foi no dia 6 de dezembro de 2018. Muito tempo antes disso, A penhora de fraude a execução quando você tenta transferir para terceiros os bens seus de sua propriedade que lhe deixem na insolvência. Você pode distribuir qualquer bem seu, você pode doar, você pode vender, desde que você não fique insolvente diante do seu perdão”, concluiu.

O advogado garante que ainda há muitos processos a serem discutidos e pedem que valor da dívida seja definido a fim de que o senador Rogério Carvalho possa sana-la.

“Apesar de não ser devedor o principal, que ele tem feito esforços o tempo inteiro para conseguir chegar ao modelo e pagar essa dívida. E continua empenhado nisso. Então, nós estaremos pedindo ao meritíssimo juiz que, mais uma vez, se pronuncie sobre esse valor que nós arruímos que é o correto, ou então, nós recorremos para o tribunal. Isso será definido no tribunal. Mas por enquanto tem muitas questões a serem discutidas”, afirmou.

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