Serviços são mantidos na Lourdes Nogueira após acordo com classe médica

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Após negociação entre os obstetras e a direção da unidade, os atendimentos eletivos, que estavam sob risco de serem suspensos, seguirão normalmente. A decisão foi confirmada nesta sexta-feira, 17, pelo vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), Angemiro Macedo.

Segundo Macedo, as tratativas finais para o pagamento dos salários atrasados ocorrerão na próxima semana. “Infelizmente, o salário continua atrasado. O diretor da Maternidade nos informou que houve uma reunião com a secretária de saúde do município e que há uma previsão de pagamento para a próxima semana. O sindicato continuará atento e tentará uma nova reunião com a secretária para acelerar esse processo e assegurar o repasse aos médicos”, afirmou.

A classe médica estava prestes a paralisar as atividades devido ao atraso no pagamento dos proventos referentes aos serviços prestados desde novembro de 2024. Pela manhã, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou nota afirmando que estava “empenhada e reunindo esforços para garantir o pagamento dos salários dos profissionais que atuam na Maternidade Lourdes Nogueira”.

De acordo com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), gestor da Maternidade, a dívida ultrapassa R$ 15 milhões. As parcelas fixas de novembro e dezembro de 2024, que somam R$ 12,6 milhões, permanecem em aberto. Além disso, há seis parcelas variáveis, totalizando R$ 2,9 milhões, também pendentes.

O diretor-técnico da unidade, Mauro Bezerra, informou que, após um acordo com a classe médica, os atendimentos seguem normalmente nesta sexta-feira (17). Uma reunião entre a SMS e o INTS ocorreu na manhã de hoje, e a secretaria se comprometeu a realizar nos próximos dias um repasse para cobrir os pagamentos dos meses de novembro e dezembro de 2024.

Na última semana, o INTS havia alertado para o risco de suspensão dos serviços caso os valores não fossem repassados. A Secretaria Municipal de Saúde reiterou o compromisso de solucionar a situação, mas o atraso nos pagamentos ainda gera preocupação entre os profissionais da saúde.

Enquanto isso, a Prefeitura de Aracaju apontou indícios de superfaturamento nos valores cobrados pelos partos realizados na Maternidade. As acusações foram negadas pelo ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira. O tema segue como ponto de discussão entre as partes envolvidas.

A situação financeira da Maternidade Lourdes Nogueira permanece delicada, mas o compromisso assumido pela SMS trouxe um alívio temporário. O Sindimed segue acompanhando de perto as próximas etapas para garantir a regularização dos pagamentos.

 

 

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