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"Ninguém olha pra nós", diz representante de ex-funcionários da Progresso sobre ausência de direitos trabalhistas
Da redação
10/01/2025
Uma representante de ex-funcionários da empresa Progresso denunciou ao Jornal da Fan desta sexta-feira, 10, que ela e os diversos rodoviários que tiveram contrato rescindido não receberam os valores referentes aos direitos trabalhistas. Estas são reclamações recorrentes
” Nós somos hoje mais de 600 pais de famílias na fila, alguns com mais de dez anos, para receber suas leis de rescisórias. E a gente vem na luta, fazendo manifestações, para que a justiça veja a nossa situação e faça alguma coisa para que a gente receba, porque nós estamos lutando pelos nossos direitos. A gente só quer receber nossas leis de rescisórias”, declarou Ivana Rodrigues, que representa os rodoviários.
Ela comentou que alguns ex-funcionários trabalharam por mais de três décadas na empresa e não receberam os devidos pagamentos. Ainda nessa reivindicação, Ivana falou sobre o Projeto de Lei do vereador Camilo Daniel – que impedia a destinação de subsídios do munícipio para as empresas de transporte coletivo com dívidas – o qual foi vetado pela prefeita Emília Corrêa.
“Batalhamos, lutamos, fizemos manifestação para fazer a tradição para que o projeto do vereador Camilo Daniel fosse aprovado. Não que isso venha a beneficiar a nós os veículos rodoviários. Nenhuma verba desse subsídio beneficia os veículos rodoviários. Porque ninguém olha para nós. A gente trabalhou para nos descartar. Lixo, não prestamos para mais nada. Só que eles não entendem é que nós passamos parte das nossas vidas dando o luxo que Adierson desfruta hoje. Nós fomos demitidos, nós entramos na justiça pedindo nossos direitos por quebra de contrato e saímos de lá, a maioria, nem o seguro desemprego, que é o governo que nos paga, ele libera a documentação”,
Ivana cita Adierson Monteiro, presidente da viação Progresso, e criticou o fato da empresa, com diversos problemas financeiros, seguir operando no transporte coletivo na Grande Aracaju. ” A empresa dele nem funcionando estava. Vai olhar os ônibus, vai olhar os pneus. Como é que uma empresa que não paga seus funcionários, que tem três anos, que não paga 13º, tá operando e ninguém faz nada? Cadê o Ministério do Trabalho? Cadê o Ministério Público? Cadê a OAB?”, questionou.
Os ex-rodoviários tentaram alguns contatos com os empresários, mas as tratativas não avançaram. “Nós já tivemos algumas oportunidades de conversar com ele. Na Câmara de Vereadores, o presidente Ricardo Vasconcelos fez uma reunião, mas o discurso dele [Adierson] é sempre o mesmo, que ele repete incansavelmente que tem 40 anos de serviço para estados aqui no município, que o grupo tem mais de 70. Agora, eu só gostaria de entender aonde é que está o dinheiro, porque ele nunca deixou de receber, passagem não se vê de fiado, entendeu?”, dispara.