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Emília fala em "desvio de valores excessivos" na Lourdes Nogueira e afirma que pode suspender contrato com órgão gestor
Da redação
10/01/2025
Na tarde de ontem, 9, a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, conversou com a reportagem do Jornal da Fan e falou sobre a situação que envolve a Maternidade Lourdes Nogueira.
“É muito grave o que aconteceu, de atuações de secretário da saúde, fazendo aquele famoso ‘jeitinho’ e com alguns desvios de valores excessivos”, disse a prefeita.
Durante coletiva de imprensa realizada hoje, 10, Emília voltou a falar deste assunto. De acordo com um levantamento preliminar feito pela administração municipal, a unidade tem uma dívida próxima de R$ 15 milhões, além de pendências nos pagamentos de médicos e fornecedores. Emília comentou sobre as inconsistências nos serviços prestados pela unidade.
“A meta de 600 partos por mês nunca chegou, o máximo chegou foi a 200. Então é muito flagrante que é superfaturamento, porque os partos em uma, por exemplo, maternidade privada particular, sai muito mais em conta Em torno de R$6 mil a R$7 mil, com esse contrato estava saindo mais de 20 mil, um parto. Então isso é bem claro que não está correto, então a gente está chamando feito a ordem, está ajustando”, afirmou.
A gestora da capital também falou sobre a possibilidade de suspensão do contrato com o INTS, gestor da Maternidade.
“O contrato pode ser suspenso e essas são as providências que nós estamos tomando no sentido de responsabilidade com o erário público, porque não está atendendo devidamente como deveria estar atendendo além do muito alto esse valor fora do mercado”, afirmou.
Emília destacou ainda as condições precárias de gestão da unidade: “Isso que a gente notou agora, existia uma dívida de mais de 14 milhões, que foi vista também por esses dias e o que ocorre agora a gente tem conhecimento também que os funcionários não estavam recebendo, que os fornecedores não estavam recebendo, então isso tudo nos assusta, estava tudo muito fora de ordem, isso é dinheiro público, isso é crime, a gente não pode admitir isso, então eu jamais poderia silenciar”, pontuou.
Paulo Márcio, controlador geral do município, também explicou sobre a auditoria, a investigação tem um prazo de 60 dias para ser concluída.
“A auditoria foi instaurada ontem. Nós temos 60 dias para concluir e a fase inicial e de análise da documentação, entrevista com as pessoas, nós temos que ter pleno acesso às informações, a secretária Débora nos noticiou em reunião que alguns documentos não foram disponibilizados e além da lei garantir o acesso pleno o próprio contrato firmado entre a secretaria e o instituto determinam o fornecimento sem nenhum embaraço. Então o instituto não pode se negar a fornecer todo e qualquer relatório e outros documentos necessários a comprovação das despesas e execução dos serviços”, afirmou.