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Peixe-boi Astro fica ferido após atropelamento por embarcação no litoral Sul de Sergipe
Da redação
27/12/2024
O peixe-boi-marinho reintroduzido, conhecido como “Astro”, foi novamente vítima de um atropelamento nesta sexta-feira, 27, por uma embarcação motorizada no litoral Sul de Sergipe, no estuário do rio Real-Piauí. A equipe do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho foi acionada por um colaborador que avistou o animal ferido na Praia do Saco, no município de Estância.
Equipes da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) se mobilizaram para o local e estão em busca de “Astro” para realizar o atendimento especializado. Ao todo, 2 médicos veterinários, 2 biólogos e um 1 técnico ambiental atuam no trabalho. O objetivo é monitorar sua saúde de forma contínua e tratar os ferimentos adequadamente, garantindo sua recuperação.
De acordo com o biólogo da FMA, Rodolfo Alves, por meio de um vídeo enviado pelo colaborador, foi possível identificar a presença de múltiplos cortes na região dorsal, característicos de lesões causadas por hélices de embarcações. “A situação dele é grave, pois ele teve corte significativo em várias partes na região das costas. Hoje pela manhã monitoramos ele e ele está em deslocamento Terra Caída, em Indiaroba, estamos trabalhando para localizá-lo e darmos o atendimento necessário”, contou.
“Astro” e “Lua” foram os primeiros animais da espécie a serem reintroduzidos no Brasil, sendo precursores na prática de uma estratégia nacional voltada para a conservação do peixe-boi-marinho. Essa estratégia foi criada em 1980 por pesquisadores brasileiros com o objetivo de reverter a extinção da espécie no país. “Astro”, tem 34 anos de idade, e é um verdadeiro símbolo dessa iniciativa de conservação, mas, infelizmente, já enfrentou diversas situações de risco.
O Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho é realizado pela Fundação Mamíferos Aquáticos com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. A iniciativa atua em diversas frentes, como pesquisa, tecnologia de monitoramento via satélite, manejo, educação ambiental, desenvolvimento comunitário, fomento ao turismo ecopedagógico e políticas públicas.