Cidade
- Início •
- Blog
"Até deselegante por parte do presidente falar que tem carros seguindo ele", rebate delegado-geral da PC sobre denúncias do Sinpol
Da redação
19/12/2024
Durante entrevista concedida ao Jornal da Fan desta quinta-feira, 19, o delegado-geral da Polícia Civil Thiago Leandro rebateu as denúncias feitas pelo presidente do Sindicado dos Policiais Civis (Sinpol), Jean Rezende, de que membros da diretoria do sindicato estariam sendo perseguidos pela gestão da polícia.
Thiago Leandro negou as acusações e chamou de “deselegante” as denúncias feitas por Jean contra a cúpula da Secretaria de Segurança Pública.
“ De certa forma, até deselegante por parte do presidente falar que tem carros seguindo ele, veículos seguindo ele. Nós temos tantas investigações a fazer, nós temos tantas preocupações, estamos fechando o ano, nós temos a questão do tráfico de drogas intenso, hoje mesmo estamos tendo uma operação grande de tráfico de drogas. Não é preocupação da cúpula da Secretaria de Segurança Pública qualquer perseguição, retaliação ao Sinpol, de forma alguma”, rebateu.
O delegado-geral também aproveitou a oportunidade para esclarecer outros pontos levantados nas denúncias de Jean. Primeiro, ele explicou sobre a transferência de um servidor na na Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis.
“Transferência não, mudança da forma de trabalhar. [O DAGV] uma delegacia muito importante que nós temos, infelizmente, temos muitos crimes sexuais contra crianças e adolescentes, e o que foi constatado que desde o decorrer que o integrante da diretoria foi participar da diretoria, acabou tendo uma perda de eficiência no cumprimento principalmente de mandados de prisão. Nós víamos no ano de 2022, sob uma média de vinte e tantos mandados de prisão, 2023 foram 28 se eu não me engano, e esse ano, infelizmente, caiu muito. Caiu numa média de seis mandatos de prisão então nós também como gestores nós temos que tomar certas posições em prol do melhor atendimento à vítima, ao cidadão”, explicou.
Thiago Leandro falou ainda sobreo caso o que envolve um estagiário dirigindo um carro vinculado à secretaria. Na denúncia, Jean afirmou que procurou a Polícia Federal alegando que a SSP não queria dar continuidade às investigações e que a delegada de plantão não quis registrar o boletim de ocorrência.
‘Esse caso da primeira delegacia, realmente, existe uma irregularidade, a condução de um veículo que se fosse viatura, apreendido, e isso eu e o próprio secretário já encaminhamos para a corregedoria de polícia para que seja apurada a conduta da autoridade policial que liberou esse veículo para o estagiário. Então nós não temos nada a esconder a sociedade”, garantiu.
O delegado finalizou reforçando que o boletim de ocorrência foi devidamente registrado. ” A delegada de plantão, ela registrou sim o boletim de ocorrência. O problema é você registrar ou ser autuado em flagrante, o código penal determina as possibilidades jurídicas. Mas o que acontece, o estagiário, querendo ou não, ele estava cumprindo uma ordem do delegado de polícia, então ao nosso ver, no momento, não que ele não vá responder por crime, que também foi encaminhado para uma delegacia metropolitana para apurar a conduta do estagiário, assim como a corregedoria. O que ocorre nesse caso também, nós temos que respeitar os direitos do cidadão. Nós policiais civis, nós estamos sujeitos à lei de abuso de autoridade. Então, nós também não podemos conduzir uma pessoa, ficar com ela meia hora dentro do carro, segurando”, reforçou.