Ao Jornal da Fan desta segunda-feira, 16, o  ex-deputado Mendonça Prado falou sobre o projeto de lei que prevê castração química para pedófilos, aprovado na Câmara Federal na semana passada, e que teve como relatora a deputada sergipana Katariza Feitoza. No ano de 2009, quando era parlamentar em exercício, Mendonça Prado propôs um PL que previa castração química para acusados de estupro. A proposta gerou grande repercussão à época, mas não teve aprovação.

Mesmo com as  diferenças, ele argumentou favorável ao projeto. ” As pessoas preferem fazer opção por um tratamento terapêutico porque cumprir pena. E pior do que interpretar essa matéria é levar em consideração como funciona boa parte do sistema prisional. Todo mundo sabe que aquele que comete esse tipo de crime muitas vezes sofre muito mais quando é inserido no sistema prisional. Então é melhor receber uma assistência psicológica, uma assistência psiquiátrica e ter o tratamento terapêutico do que ser inserido no sistema para o estabelecimento penal e sofrer as consequências que na prática, na realidade, é muito mais dolorosa e muito mais agressiva a dignidade humana do que a chamada castração química”, defendeu.

Mendonça Prado pontuou ainda que os debates referentes a este assunto deve olhar principalmente para a vítima: “Nós compreendemos que duas pessoas devem ser avaliadas nessa questão, a que comete o ato, mas também e principalmente a vítima do ato, que muitas vezes tem a dor da violência física e vive até o final com a dor da violência psicológica. E isso não está sendo levado em consideração nos diversos debates, porque isso também se trata de uma ofensa ao princípio da dignidade humana. A mulher estuprada, a criança que é agredida e assim sucessivamente. Portanto, nós observamos no êxito da proposta em países desenvolvidos uma referência para adotar o Brasil”, analisou.