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Acusado de obstruir investigações, STF mantém prisão de Braga Netto  

Da Redação

15/12/2024


Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O general e ex-ministro Walter Braga Netto passou por audiência de custódia no último sábado, 14, conduzida por um juiz auxiliar do gabinete de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a prisão de Braga Netto.

Após a audiência, o STF informou que a prisão preventiva do ex-ministro foi mantida. Ele ficará detido no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro.

Braga Netto é acusado de obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, obstruindo as investigações em curso.

De acordo com o relatório da Polícia Federal, há “diversos elementos de prova” contra o ex-ministro, que teria atuado para impedir a total elucidação dos fatos e “com o objetivo de controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados”. Entre eles, trocas de mensagens com pai de Mauro Cid para conseguir detalhes da delação e repassado dinheiro “em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias à realização” do plano de golpe.

General da reserva, Braga Netto foi candidato à vice-presidente em 2022 na chapa com Jair Bolsonaro. Antes, foi ministro-chefe da Casa Civil, de 2020 a 2021, e ministro da Defesa, de 2021 a 2022. No indiciamento, a Polícia Federal apurou que uma das reuniões realizadas para tratar de suposto plano golpista teria sido realizada na casa do militar em novembro de 2022.

Defesa

Os advogados de defesa do general Walter Braga Netto divulgaram uma nota, ainda na tarde de sábado, 14, em que manifestaram a crença no “devido processo legal” e que “teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações”.

Os advogados Luís Henrique Cesar Prata, Gabriela Leonel Venâncio e Francisco Eslei de Lima, todos da Prata Advocacia, de Brasília, divulgaram que tomaram conhecimento “parcial”, pela manhã, da decisão do STF, e que vão se manifestar nos autos do processo após “plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida”.

*Com informações da Agência Brasil

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