Como parte da cobertura especial sobre as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE), o Jornal da Fan iniciou nesta terça-feira,12, uma série de entrevistas com os candidatos ao pleito da ordem. Hoje, o entrevistado foi o advogado Eduardo Roberti (Chapa 1). Na oportunidade,  ele chamou a atenção para os gastos eleitorais que estão sendo feitos nas campanhas.

“As campanhas eleitoreiras da ordem têm chapas que chegam a um montante  muito maior que um milhão no investimento da campanha. E a gente vem com a bandeira do baixo custo, onde a gente leva a sociedade de advocacia sergipana para começar a refletir: qual é o interesse de você investir em campanhas de elevado custo para que você possa exercer e defender a sua categoria?  A gente vem justamente com esse intuito de furar a bolha e, ao mesmo tempo, oportunizar os advogados e as advogadas do Estado de Sergipe a fazer parte da gestão, a ser beneficiado com toda a nossa entidade de classe. Então, os bastidores da eleição da ordem, como eu falei, é um bastidor onde determinado grupo, pequenos grupos de advogados, onde grandes escritórios têm influência e até interesse de apoiar as eleições, buscando interesses próprios”, disse o candidato.

Ao citar conversas que teve enquanto dava aulas, Eduardo Roberti revelou que colegas advogados manifestaram receio em declarar apoio a sua chapa de preferência e alertou para a  prática do ‘voto de cabresto’ na eleição da OAB/SE .

“ ‘Professor, eu voto no senhor, mas eu não posso declarar o meu apoio’. No começo me assustava,  porque eu entendo e acredito na nossa advocacia. Nós somos um eleitorado inicialmente qualificado e a gente precisa assumir essa diferença, esse diferencial como eleitorado nessa campanha da ordem. E eu pergunto e questiono, mas por quê? O quê que te leva a isso? ‘Ah professor, aí tem o meio da perseguição, o voto…’ Aquele voto de cabresto, o voto em rebanho é uma realidade dentro da Ordem’, disparou.