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Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,53 bilhões de valores a receber
Da redação
08/11/2024
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Segundo o Banco Central (BC), os brasileiros não tinham sacado R$ 8,53 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de setembro.
A atualização mais recente do Sistema de Valores a Receber (SVR) mostra que R$ 8,35 bilhões de um total de R$ 16,88 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras foram devolvidos.
Em 16 de outubro, os recursos esquecidos foram transferidos para o Tesouro Nacional e aguardam a publicação de um edital com as novas regras para o saque. Caso o dinheiro não seja requerido nos próximos 25 anos, será incorporado definitivamente ao patrimônio da União.
As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Os dados de outubro, último mês antes do repasse do dinheiro ao Tesouro, só serão apresentados em 6 de dezembro.
Entre os que retiraram valores até o fim de setembro, 22.773.593 são pessoas físicas e 1.900.869 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.593.288 são pessoas físicas e 3.650.583 são pessoas jurídicas.
A maior parte das pessoas e empresas que não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,52% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,67% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,98% dos clientes. Só 1,83% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em setembro, foram retirados R$ 395 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 255 milhões.
O aumento ocorreu após a aprovação da lei que estabeleceu a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro Nacional para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027.
Os cerca de R$ 8,5 bilhões irão compor os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício.
*Com informações da Agência Brasil