Segundo a secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, metade dos empregos formais criados no Brasil englobam beneficiários do Bolsa Família, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Durante entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta terça-feira, 5, ela discutiu a relação entre o programa de transferência de renda e o mercado de trabalho.

“Esse discurso de que a população do Bolsa Família não procura emprego, não trabalha, não é real. O próprio Caged do mês de setembro, que foi o maior índice de emprego que o Brasil teve durante o ano de 2024, está nos mostrando que 55% desses empregos gerados em setembro são do público do Bolsa Família”, explicou Eliane.

Na oportunidade, a secretária também desmistificou o entendimento popular de que não é possível manter o benefício uma vez que o cidadão consiga um emprego formal ou torne-se empreendedor. Parte dos beneficiários, afirma Eliane, entra na chamada “regra de proteção”, que faz uma espécie de transição para proteger aqueles que encontram emprego de baixa renda.

“Nós temos uma regra dentro do programa que se chama “regra de proteção”, que significa que qualquer família inscrita no Bolsa Família pode ter um aumento de renda, seja pela carteira assinada, seja pelo empreendedorismo e continuar no programa. A regra de proteção significa o quê? Para estar no programa Bolsa Família, a família tem que ter renda de até R$ 218 por pessoa. Para sair do programa, é uma renda de meio salário mínimo, ou seja, R$ 706 por pessoa”, completou Eliane.

E complementou: “Se uma família consegue emprego de carteira assinada e na hora de pegar o valor daquela renda e dividir por todos os membros da família a renda por pessoa ficar entre R$ 218 e R$ 706, que é meio salário mínimo, essa família vem para a regra de proteção, passa a receber 50% do valor do benefício do Bolsa Família por dois anos e continua com a sua carteira assinada”.