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Após nove horas, homem que manteve ex-companheira e filhos reféns se entrega à polícia

Da redação

09/10/2024


Após nove horas de negociação, por volta de 00h40, Ronald da Silva Santos, 34 anos, liberou a ex-companheira e as três filhas, e se entregou à polícia após manter à família refém sob ameaças de morte em uma residência no Parque São José, em Nossa Senhora do Socorro.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o homem havia separado da esposa há cerca de quatro meses e não aceitava o fim do relacionamento. Ele manteve a família em cárcere privado e ameaçou tirar a vida dos reféns e se matar.

Toda ação começou ainda durante à tarde. A irmã da vítima fez a denúncia pelo 190 e relatou ameaças. Ao chegar ao local, a equipe do 5º Batalhão da Polícia Militar constatou que se tratava de um caso de carcére privado e de maior gravidade. Assim, a área foi isolada de imediato para que as equipes especializadas pudessem fazer e negociação.

“É rapidamente, como é muito típico, né, nessas situações, em situações como essa de gerenciamento de crise, primeiro quem chega no local é a unidade da área, né? Então a força tática do quinto batalhão chegou rapidamente, assim que o Ciosp foi acionado, chegou rapidamente no local, os policiais chegando no local perceberam que se tratava justamente de um cárcere privado no âmbito da lei Maria da Penha, né? Então a partir dali iniciaram a verbalização, mas percebiam que era um caso que necessitava de uma atuação mais especializada, né, por parte de equipes policiais”, explicou Lucas Rosário, coordenador de comunicação da Secretaria de Segurança Pública, em entrevista ao Jornal da Fan desta quarta-feira, 9

A conversa entre polícia e o criminosos durou cerca de nove horas. As equipes buscaram construir um vínculo de confiança com o autor, em meio a dificuldades técnicas como as constantes ligações que ele recebia de terceiros. O uso de intermediários foi crucial para atrair e manter a atenção do criminoso, o que contribuiu para a resolução pacífica da situação.

“Foi uma verbalização, uma conversa com o autor do crime, que aconteceu praticamente durante todo esse período de nove horas, utilizando todas as técnicas que são típicas de uma situação que envolve refém. Então, essa conversa demorou, foi bastante prolongada, houve momentos de dúvidas, de tensão, embora ele estievesse dentro da própria residente, e não apresentava um comportamento mais agressivo. Claro que nas situações a gente fica com receio de que ia acontecer algo pior”, acrescentou

Após longas horas, ele aceitou às condições, liberou a ex-companheira e as filhas e depois se entregou de forma pacífica. Ninguém ficou ferido. ” Com a presença da imprensa, no local ainda, com a chegada da advogada dele – ele solicitou que advogada chegasse -foi importante também para que ele se sentisse mais tranquilo. Ele acabou descendo e a ocorrência foi concluída”, detalhou Lucas.

Toda ação para resolver o crime foi conduzida pelo Grupo de Gestão de Crises e Conflitos (GGCC) da Polícia Militar, sob a direção da major Belisa Melo, com apoio de unidades especializadas, como a Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), Centro de Operações Policias Especiais (Cope) da Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros.

 

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