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Queria cota? Candisse se autodeclarou ‘parda’ em concurso e justifica: “Fiz isso por causa de uma visão social”

Por Narcizo Machado

01/10/2024


BASTIDORES
Por Narcizo Machado

Hoje autodeclarada branca, como consta em seu cadastro de candidatura na Justiça Eleitoral, a jornalista Candisse Carvalho, candidata a prefeita de Aracaju pelo PT, já teve outro entendimento sobre sua identificação racial.

O jornalista Cláudio Nunes surpreendeu a todos na manhã desta terça-feira, 1º, ao revelar que a jornalista Candisse Carvalho se autodeclarou ‘parda’ em concurso da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH.

Segundo Cláudio, “a jornalista Candisse Correia Matos, hoje, Candisse Correia Matos de Carvalho Santos, candidata a prefeita de Aracaju, está entre os convocados pelo presidente da EBSERH para aferição da veracidade da autodeclaração como pessoa parda ou negra na cota racial do concurso”, informa ele em seu blog.

Bastidores procurou a candidata para entender essa situação polêmica, e que leva à interpretação de uma possível tentativa de fraude para acessar a vaga do concurso por cota. Candisse explica que sua motivação foi social: “fiz isso por causa de uma visão social”.

Leia nota na íntegra:

“Quando me inscrevi no concurso da Ebserh há 8 anos, como parda, fiz isso por causa de uma visão social que sempre esteve presente na minha vida. Foram várias gerações sem uma compreensão específica da própria autodeterminação. A miscigenação, tão comum no Brasil, me fez não perceber a complexidade das questões raciais. Com o tempo e meu envolvimento político, percebi que a política de cotas é mais do que só se identificar; é uma resposta a séculos de injustiça contra a população negra e parda no Brasil. Essa política busca corrigir desigualdades que ainda existem e que afetam o acesso à educação, ao trabalho e a outros espaços de tomada de decisão. Reconhecer que sou branca no ato registro eleitoral é um passo importante para que eu possa estar nas trincheiras contra o preconceito. Saber onde estou na sociedade me ajuda a ser uma aliada na luta por justiça racial. A verdadeira solidariedade exige que eu reconheça meus privilégios e use essa consciência para questionar as injustiças. É importante que a gente continue discutindo e entendendo a nossa identidade racial e suas consequências, levar a consciência para as escolas, especialmente aqui em Aracaju. Vamos implementar políticas públicas que promovam inclusão e diversidade, garantindo que todas as vozes, especialmente as mais marginalizadas, sejam ouvidas. Assim, podemos construir uma Aracaju mais humana e igualitária, onde a diversidade seja realmente respeitada. A nossa candidatura petista tem um compromisso com a luta antirracista!”

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