Bastidores
Por Narcizo Machado 

O debate da FM Sergipe foi bem produzido, bem conduzido e cumpriu seu objetivo. A população de São Cristóvão teve a oportunidade de analisar os perfis dos que postulam comandar a ‘cidade mãe de Sergipe’.

O momento mais quente do debate foi quando Júlio de Marcos Santana questionou Diego sobre seus projetos para a Educação. Diego deu resposta evasiva. Júlio, então, aproveitou e criticou o adversário por resposta vazia e o acusou de não conhecer seu próprio plano de governo. Júlio mostrou que Diego promete melhoria na alimentação escolar das escolas estaduais; um prefeito não tem competência para isso. Diego não se contrapôs e aceitou a pancada. 

Diego Prado (PSD) teve, entre os três, o pior desempenho. Não aprofundou suas falas, mostrando nervosismo e desconhecimento. Estava fissurado em tirar o adversário do sério, o chamando de Júlio Bahia, e aproveitou o tempo apenas para repetir as mesmas críticas. Diego perdeu embates para os dois.

Daía (PSOL) enquadrou Diego, mostrando a ele que o seu discurso de oposição é momentâneo, já que ele esteve nos últimos sete anos na base de Marcos Santana. Além disso, a socialista desafiou Diego a sua produção na Câmara de Vereadores. O parlamentar tergiversou e, ao estilo Pablo Marçal, prometeu postagem no Instagram.

Daía teve atuação inteligente no debate. Não surpreendeu, pois no debate da Fan ela também foi estratégica. Aproveitou para mostrar contradições dos seus dois adversários, não alisou com e nenhum dos dois.

Júlio de Marcos Santana teve atuação técnica satisfatória. Demonstrou conhecimento e domínio do que é uma gestão. Em comparação ao debate da Fan, ele se apresentou mais seguro, conseguiu provocar seus adversários e responder a tudo. Teve alternâncias de performance, normal para o clima tenso que é uma campanha.

Cumprido um capítulo dessa eleição que é plebiscitária em São Cristóvão. Em outra publicação ou quem sabe na Domingueira a gente traz uma análise desse detalhe.