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Barroso nega pedido do Congresso para derrubar suspensão de emendas

Da redação

16/08/2024


Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Nesta sexta-feira, 16, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido feito pelo Congresso para que ele derrubasse três liminares (decisões provisórias) do ministro Flávio Dino que suspenderam a execução de emendas parlamentares ao Orçamento da União.

Barroso afirmou que não poderia suspender por conta própria uma decisão de outro ministro do Supremo, uma vez que não há hierarquia entre os integrantes da Corte, e que a medida seria adequada somente em circunstância “excepcionalíssima”.

Ele destacou ainda que o referendo ou não das liminares de Dino já se encontra em julgamento pelo plenário do Supremo, em sessão virtual de 24 horas iniciada nesta sexta, 16, motivo pelo qual não se justificaria derrubá-las de antemão.

O presidente do Supremo frisou ainda que, no voto que apresentou, Dino sinalizou “a possibilidade de construir solução consensual para a questão, em reunião institucional com representantes dos três Poderes”. 

Segundo a peça protocolada pelo Congresso, “a decisão suspende a execução de políticas, serviços e obras públicas essenciais para a vida cotidiana de milhões de brasileiros”. O parlamento sustentou ainda que o Supremo promove “interferência drástica e indevida nas decisões políticas dos poderes executivo e legislativo”.

Desde o início de agosto, Dino concedeu três liminares para suspender a execução de emendas parlamentares, incluindo emendas impositivas, aquelas que são de execução obrigatória pelo Executivo. Ele atendeu a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR), do partido Psol e da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

*Com informações da Agência Brasil

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