Os moradores do Assentamento Terra Santa, na Zona Norte de Aracaju, fecharam parte da avenida Euclides Figueiredo durante manifestação no fim da tarde desta quinta-feira, 13, após reintegração de posse e derrubada de ‘barracos’ erguidos na localidade. Na ação, que ocorreu nesta madrugada, mais de 35 famílias foram retiradas do terreno.
Em vídeos, os moradores denunciam a ação que segundo eles foi repentina, mostrando o resultado da destruição feita por retroescavadoras. Com um tom de denúncia, uma moradora afirma que irá levar o caso ao Ministério Público. “Vai para o Ministério Público. Vocês vão ficar famosos no Ministério Público”, diz no vídeo.
Alex, um dos líderes do assentamento, relata em outro vídeo como ocorreu a retirada das famílias na localidade.
“Eu estava deitado às 4h da manhã e acordei com uma “zoada” de umas maquinas. Eles já estavam derrubando as coisas, nem perguntaram, nem chamaram ninguém. Já entraram derrubando os barracos”, contou.
Segundo Helia, também moradora, a manifestação teve como objetivo reivindicar moradias para as famílias que moravam no Assentamento Terra Santa e contou com a participação de mais de 45 pessoas. Para o Portal Fan F1, ela afirmou que em breve estarão organizando outra manifestação.
Em nota, a Prefeitura de Aracaju afirmou que as estruturas de barraca estavam desabitadas e em uma área de risco. Além disso, o órgão destacou que ofertou acolhimento socioassistencial, mas nenhuma das famílias aceitou o benefício.
Confira a nota completa
A Prefeitura de Aracaju informa que, de maneira preventiva, retirou estruturas de barracos desabitados, na manhã desta quinta-feira, 13, de uma área de risco no loteamento Moema Mary.
Na mesma região, no mês passado, o município já havia promovido a retirada de 36 famílias que estavam ocupando irregularmente a área de encosta do morro, as quais, em sua maioria, conforme cadastro realizado pela Secretaria da Assistência Social, possuem endereços residenciais em outros municípios e registro junto ao Cadastro Único do governo federal para o recebimento de benefícios socioassistenciais.
Na ocasião, a Prefeitura ofertou acolhimento socioassistencial nas unidades destinadas às pessoas em situação de vulnerabilidade social, mas nenhuma das famílias aceitou o benefício.