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Após repercussão, Bienal de Aracaju exclui publicação que confirmava presença de policial envolvido no caso Genivaldo

Da redação

02/05/2024


Uma publicação que confirmava a presença do ex-policial rodoviário federal Paulo Rodolpho, envolvido no caso Genivaldo, foi veiculada no perfil oficial da 1° Bienal do livro e cultural de Aracaju, que acontece nos dias 17 e 18 de maio. Após a repercussão do caso, o post feito no Instagram foi excluído. 

Segundo o advogado Rawlinson Ferraz, responsável pela defesa de Paulo, apesar da publicação inferir a participação do ex-policial, ele não estaria presente no evento, uma vez que está preso há mais de um ano.

Ele explica que, na verdade, um livro escrito por Paulo seria exposto no evento. A obra, intitulada “A sabedoria da espera: reflexões de um pré-condenado”, foi lançada em outubro do ano passado. No livro, Paulo discorre sobre as ações que culminaram na morte de Genivaldo de Jesus Santos, em 2022, durante uma abordagem policial no município de Umbaúba.

“Era a esposa dele que iria fazer a apresentação, não era o Paulo Rodolpho. O pessoal da organização entrou em contato e, inclusive, retirou o nome dele”, disse o advogado. 

O Portal Fan F1 entrou em contato com a organização da Bienal de Aracaju para solicitar esclarecimentos sobre o caso. Em resposta, uma representante afirmou que o ex-policial não irá participar do evento. Os motivos pelos quais a presença dele foi divulgada e a publicação excluída não foram esclarecidos.

Relembre o caso

Paulo Rodolpho e outros dois ex-policiais rodoviários federais envolvidos na abordagem que ocasionou a morte de Genivaldo – William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas – foram presos no dia 14 de outubro de 2022.

Genivaldo Santos foi abordado pelos policiais após pilotar uma motocicleta sem capacete. Ele foi trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogêneo. A morte foi apontada como decorrente de asfixia e insuficiência respiratória. 

Os envolvidos estão sendo acusados de tortura e homicídio qualificado, e deverão ir à júri popular.

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