De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a pasta trabalha de forma intensa junto à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para conseguir ampliar a produção de doses contra a dengue. 

O governo brasileiro negocia com o laboratório japonês Takeda, responsável pelo imunizante, uma transferência de tecnologia para que o número de doses distribuídas no país e, consequentemente, o público-alvo, possam ser ampliados. 

A declaração foi feita em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta segunda-feira, 8. 

“A vacina, hoje, está em frasco de dose única. Isso leva a um problema muito grande em relação ao número de doses que precisam ser produzidas. Todas as modificações de produção têm que passar pela Anvisa. Estamos acertando toda essa parte técnica num trabalho muito intenso pra poder ter uma oferta maior. Teremos uma oferta maior a partir do próximo ano? Sim. Neste ano? Não tenho otimismo, sendo muito realista, de que a gente consiga essa ampliação”, disse ela. 

Durante a coletiva, a ministra também avaliou que a vacina contra a dengue que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan é promissora. 

Nísia destacou o fato de o imunizante ser aplicado em dose única, enquanto o da Takeda precisa de duas doses com intervalo de três meses entre elas, mas lembrou que a vacina brasileira só deve ser submetida à análise da Anvisa em setembro deste ano.