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Ecoparque Rosário: doutorandos e mestrandos da UNIT conhecem moderna tecnologia

Da redação

05/04/2024


Referência na destinação ambientalmente correta de resíduos sólidos urbanos em Sergipe, o Ecoparque Rosário do Catete recebeu nessa última quarta-feira, 3, a visita de alunos e pesquisadores dos cursos de mestrado e doutorado em Saúde e Ambiente da Universidade Tiradentes (Unit).

Por meio da iniciativa, 22 estudantes tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura, a operação e o monitoramento ambiental da unidade, que recebe mais de 1,4 mil toneladas de resíduos, oriundos de 34 municípios do estado. Com a chegada do grupo Orizon, o ecoparque recebeu mais de R$ 20 milhões em investimentos para adequar as atividades exercidas aos preceitos ambientais.

Para Ravana Eliziê, mestranda em Saúde e Ambiente, a aula in loco permitiu ampliar a visão sobre os impactos da produção de lixo e suas possibilidades de transformação.

“Eu acho que a maior consciência que eu adquiri aqui é realmente ter esse pensamento mais amplo em relação ao que a gente produz em termos de lixo e entender que o nosso papel não é só jogar, mas por que não tentar fazer uma coleta seletiva ou não pensar em na produção de lixo que você faz, na separação de lixos, e no impacto que isso causa?”, disse ela.

Na oportunidade, Rubens Madi, professor dos cursos de mestrado e doutorado em Saúde e Ambiente, destacou que a visita auxiliou a contemplar uma parte importante do conteúdo programático: a destinação do lixo produzido todos os dias.

“Dentro do nosso programa de pós-graduação em Saúde e Ambiente tem essa disciplina que trata das transformações ambientais provocadas pelo homem. E a produção de lixo, a produção de resíduos é uma dessas vertentes que impactam diretamente o ambiente. A ideia de trazê-los aqui foi justamente para mostrar o que é feito com esse resíduo todo que produzimos diariamente”, afirmou.

Com o objetivo de dirimir quaisquer possíveis impactos ao meio ambiente e à população, as intervenções tecnológicas e de infraestrutura realizadas no ecoparque possibilitam que hoje seja feito o tratamento do chorume, líquido resultante da decomposição natural de resíduos orgânicos, para reuso da água.

“A gente capta todo esse chorume que vem da decomposição do resíduo do aterro sanitário, traz ele pra uma lagoa, dessa lagoa ele é direcionado para tanques, onde a gente faz misturas com ácidos, e depois a gente passa pelo processo de osmose reversa. Resumindo, são filtros que conseguem purificar esse chorume e transformá-lo em água de reuso. Essa água não é indicada para consumo humano, mas a gente consegue utilizá-la aqui no empreendimento, seja para limpeza das máquinas, dos tratores, dos caminhões, e para umectação das vias”, explicou Bruno Villaça, analista de projetos socioambientais, destacando o tratamento de 270 mil litros de chorume por dia.

Além disso, outro destaque no ecoparque é o sistema de captura do gás metano (CH4) e sua purificação para transformação em biogás que, através da queima em “flare”, evita a emissão, para a atmosfera e contribui para redução do efeito estufa.

A enfermeira e estudante de doutorado em Saúde e Ambiente, Jessi Santana, aponta que a visita ajudou a conscientizar sobre o fim ambientalmente correto que deve ser dispensado a rejeitos procedentes do processo de tratamento do lixo.

“Na verdade, o ambiente e a saúde estão totalmente ligados, então é necessário que haja densidade tecnológica a favor da população para evitar o acúmulo de patógenos, de vetores que podem estar interferindo na dinâmica de saúde das pessoas, então essa integração conformista sendo demonstrada na aula prática promove uma conscientização muito benéfica”, disse ela.

Já Éverton dos Santos, médico e estudante de mestrado do mesmo curso, iniciou recentemente uma pesquisa sobre patologias e destacou os esforços do ecoparque para a contenção de diversas doenças.

“Principalmente na questão de barragem dos vetores, sabemos que temos muitas doenças espalhadas na região, então quando se fala de lixo, as pessoas pensam muito pelo lado negativo. Mas tratando desse ambiente no qual tem um controle de forma organizada, tem essa contribuição de forma positiva, principalmente na barragem de certas doenças”, disse ele.

Os avanços tecnológicos conquistados e implantados no ecoparque devem contribuir ainda para a transição energética no estado de Sergipe. De acordo com Atalo Castro, gerente operacional da unidade, há previsão de geração de limpa.

“Futuramente será viável a geração de energia elétrica através de motogeradores alimentados pelo biometano. Isso significa que estaria utilizando energia renovável, estaria deixando de utilizar fontes, forças de geração de energia para poder utilizar o que há de mais moderno e mais novo na questão de utilização de recursos do meio ambiente”, finalizou.

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