De acordo com o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Sergipe, Halpher Luiggi, três intervenções previstas para o estado são tidas como prioritárias para o órgão. Uma delas, revelou em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta quinta-feira, 4, é a conclusão das obras de duplicação no trecho Norte da BR-101. 

Na oportunidade, ele também citou o início das obras no trecho Sul da BR-101 e a elaboração do projeto de duplicação da BR-235, que contempla o trecho entre Aracaju e Itabaiana, como importantes dentro do horizonte de trabalho do órgão. 

“O primeiro desafio é concluir a duplicação da BR-101 Norte. Os serviços estão avançando, nós já entregamos, no ano passado, 5,6 quilômetros, vamos entregar no mês que vem mais 8 quilômetros, até o final do ano mais 3 quilômetros, e aí ao longo de 2025 a gente entrega os 25 quilômetros, e completa a duplicação de todo o trecho Norte da 101”, explicou. 

Com relação à duplicação do trecho Sul da BR-101, o superintendente afirmou que há perspectiva para a publicação do edital ainda neste ano. 

“O trecho Sul, a elaboração do anteprojeto está na sua fase final, ou seja a gente está nos últimos detalhes, já estamos fazendo um anteprojeto de desapropriação, porque a parte de engenharia está praticamente toda concluída, para no início do segundo semestre a gente publicar o edital da obra, então a  nossa expectativa é que ao final deste ano a gente esteja com a obra da 101 Sul contratada”, completou.

BR-235

Na última terça-feira, 2, o Ministério dos Transportes publicou o edital para contratação dos projetos de duplicação da rodovia federal BR-235, que contempla o trecho entre Aracaju e Itabaiana, assim como a readequação do trecho entre Itabaiana e Carira. As propostas serão abertas em maio, e a previsão é que os contratos sejam assinados até dezembro deste ano.

Durante a entrevista nesta quinta, Halpher respondeu a questionamentos de ouvintes sobre o motivo das movimentações para esta intervenção antes da conclusão das obras na BR-101, que já se arrastam há anos. 

“Se a gente for esperar concluir uma obra pra começar outra, o que acontece? A gente fica com um hiato de tempo, o SNIT fica com um hiato de tempo, digamos assim, aos olhos do usuário, sem fazer nada, ao passo que a gente precisa trabalhar”, relatou. 

Ele também rebateu críticas quanto à duração das obras e citou interferências externas que acabaram atrasando o processo, como a instalação de gasodutos, redes de fibra óptica, telefonia e energia elétrica, além da ocupação irregular da faixa de domínio e desapropriações.

“Nesses 25 quilômetros [BR-101] que a gente está duplicando agora, nos anos de 2021 e 2022, o DNIT teve que resolver 80 itens desses para poder mexer no trecho. Em 25 quilômetros a gente teve 80 interferências externas que a gente precisou resolver”, finalizou.