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OAB contesta ausência de apoio e diz que pode haver mudança de protocolo

Da redação

22/03/2024


O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Sergipe (OAB/SE), Danniel Costa, foi entrevistado nesta sexta-feira, 22, durante o Jornal da Fan, da rádio Fan FM. Em pauta, o suposto caso de estupro envolvendo dois advogados e como o caso tem reverberado nas ações da instituição.

O advogado Ricardo Almeida, acusado pela também advogada Bruna Hollanda por estupro, foi indiciado nessa última quinta-feira, 21, pela prática de crime sexual.

Nas palavras do presidente, apesar de ser um caso não verificado anteriormente, a Ordem acionou os mecanismos devidos ao tomar conhecimento da situação. 

“E a OAB Sergipe não está aqui pra dizer que acertou em tudo. Nós não temos condição de acertar em tudo. Até onde eu sei, esse é um caso inédito na Ordem. Então, estávamos preparados para isso? Acredito que ninguém estava. Nós não estávamos preparados pra isso, mas nós estamos aqui de forma muito humilde pra dizer que tentamos acertar”, afirmou. 

Durante a entrevista, Danniel Costa também ressaltou a disposição da instituição de reconhecer possíveis equívocos. 

“Nós procuramos fazer tudo que estava ao nosso alcance. Se não fizemos, não foi por má fé, não foi por má vontade, mas nós estamos dispostos a sentar, a reconhecer os eventuais erros e a evoluir, a melhorar, para isso que serve a gestão da Ordem”, completou. 

Questionado sobre uma possível mudança de protocolo no tratamento a casos do gênero, o presidente deu resposta positiva, mas ponderou a dificuldade de criar um mecanismo comum e a necessidade de esforço da Ordem. 

“Eu tenho certeza que não é algo fácil criar um protocolo de atendimento que seja satisfatório para todas as vítimas, porque cada uma vai ter uma necessidade diferente. E a nós, da Ordem, cabe pensar sempre numa sensibilidade para tentar sentir aquilo que a gente precisa oferecer para a vítima. Por isso que eu venho falando internamente aqui com os meus colegas da diretoria, com o meu Conselho, que a gente precisa cada vez mais utilizar esse fato como algo, como um laboratório, para que a gente possa, sim, criar novos protocolos”, disse ele. 

Entre as medidas consideradas como um pontapé para a mudança, o presidente da OAB/SE citou a possibilidade de pautar uma nova resolução que venha a regulamentar protocolos de atendimento à vítima. De acordo com ele, a ideia foi trazida à tona pela secretária adjunta, Clara Arlene.

“A ideia da nossa secretária adjunta trazida ontem em relação a submeter uma resolução ao julgamento do conselho, isso com uma ampla discussão com a Comissão de Defesa do Direito das Mulheres e com as associações também. Nós temos várias associações aqui no estado de Sergipe, a gente precisa abrir esse hall de pessoas que venham a ajudar para, humildemente, entender onde houve erros, para que a gente possa errar menos nas próximas oportunidades, porque eu tenho certeza absoluta que jamais qualquer instituição vai conseguir levar elementos suficientes para cicatrizar essa dor”, finalizou.

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