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Caso da geladeira: investigada por ocultação de cadáver tem liberdade provisória concedida pela Justiça
Da redação
19/02/2024
A técnica de enfermagem que confessou ter ocultado o corpo do companheiro em uma geladeira em Aracaju teve a liberdade provisória concedida pela Justiça nesta segunda-feira, 19.
De acordo com a advogada Katiuscia Barbosa, que representa a mulher, ela deixou o Presídio Feminino (Prefem), em Nossa Senhora do Socorro, na manhã de hoje, após pedido para a revogação da prisão. Em paralelo ao processo criminal, a defesa tenta comprovar a insanidade mental da mulher.
“Como ela foi transferida antes do processo de insanidade mental, eu entrei com um pedido de revogação. O Ministério Público aceitou o meu pedido”, disse Katiuscia ao Portal FanF1.
A investigada estava internada na Unidade de Custódia Psiquiátrica (UCP), em Aracaju, desde que o caso veio à tona, em setembro do ano passado. Durante o cumprimento de uma ordem de despejo no bairro Suíssa, o corpo do idoso Celso Adão Portella foi encontrado dentro de uma mala na geladeira de um apartamento residencial.
No dia 2 de fevereiro, no entanto, uma decisão da autoridade judicial culminou na condução da mulher ao Prefem, onde ela permaneceu até esta segunda.
Com relação à filha da investigada, a advogada esclareceu que esta continua sob o cuidado de outros familiares, já que a técnica ainda não pode ter contato com a criança. A menina de quatro anos foi encontrada no mesmo apartamento onde o corpo foi ocultado, e por isso, a mulher também responde por maus-tratos contra a criança.
Relembre o caso
Em setembro de 2023, a Polícia Militar foi acionada com a informação de que um corpo foi encontrado dentro de uma geladeira e que uma mulher teria tentado tirar a própria vida no momento em que um oficial de justiça entrou na residência para cumprir uma ordem de despejo.
No local, havia uma criança de quatro anos, filha da mulher. No momento da chegada dos agentes policiais ao local, a mulher já tinha sido encaminhada ao hospital. Após ser atendida, ela foi presa em flagrante pela ocultação de cadáver e maus-tratos à criança.
Em seu depoimento, ela afirmou que os dois tiveram um relacionamento amoroso, e que em um dia, em 2016, ela o havia encontrado morto. Por medo, ela teria decidido guardar o corpo na geladeira. Ela negou ter cometido o homicídio.
Após meses de exames, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Sergipe divulgou que o idoso morreu decorrente de uma queda.
Segundo a pasta, foi possível identificar que uma queda provocou um traumatismo craniano no cérebro da vítima e que o homem morreu instantes depois dessa lesão.
No entanto, ainda de acordo, não foi esclarecido se a queda foi provocada, o que poderia configurar um homicídio.