Foto: Sedurbs

A restauração do prédio principal do complexo ferroviário, localizado nas proximidades da Praça dos Expedicionários, no bairro Siqueira Campos, em Aracaju, está prevista dentro do novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) do Governo Federal.

A intervenção está orçada em pouco mais de R$ 4,9 milhões, de acordo com informações do Ministério da Cultura e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O estágio atual é descrito como de ‘preparação’, o que inclui a atualização de planilhas orçamentárias por parte do Executivo municipal e ajustes nos projetos.

O pontapé inicial depende, segundo o Iphan, da definição do uso pretendido e da destinação do prédio. Nesse ínterim, existem tratativas para que o imóvel, hoje patrimônio da União, seja transferido para o município de Aracaju. De acordo com a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) da capital, o diálogo está sendo mantido, mas ainda não há definição.

Segundo o Ministério da Cultura, superada essa fase, será iniciado o procedimento para a firmatura do termo de compromisso e a consequente liberação dos recursos. A partir daí, a prefeitura poderá iniciar o processo licitatório e a execução da obra.

A reestruturação via PAC reacende a centelha apagada após a paralisação do processo iniciado em 2021. Na época, o governo estadual vigente, através da então Sedurbs, anunciou a ordem de serviço para execução do projeto, que seria cumprido em etapas, por meio de licitações diferenciadas.

A empresa contratada, entretanto, foi afastada em decorrência de questões administrativas e financeiras.

Entre os serviços contemplados àquela época estavam a limpeza manual de vegetação do terreno, execução de calçada em concreto em alguns trechos indicados no memorial descritivo, execução de muro para fechamento do terreno, instalação dos portões em ferro, reposição e reparo de peças em concreto para fechamento e pintura do muro.

O complexo ferroviário

Para o Iphan, o patrimônio ferroviário em Aracaju é considerado um bem valorado – tem valor cultural que decorre da extinção da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) – composto pela estação ferroviária, o prédio principal, a rotunda (uma praça onde desembocam avenidas), os galpões (carpintaria, torneiros, ferraria, recuperação e ferramentas) e a caixa d’água.

Após a demolição da primeira estação de Aracaju, que ficava localizada nas proximidades dos mercados municipais, a estação do Siqueira Campos foi inaugurada em 1950, com o objetivo de trazer um local maior e mais moderno para a capital.