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“É o Xandão que manda”, diz Alessandro Vieira sobre poder do STF no Brasil

Da redação

05/02/2024


Nesta segunda-feira, 5, o senador Alessandro Vieira foi entrevistado no Jornal da Fan, da rádio Fan FM. Na ocasião, ele contou sobre uma abordagem recente de um cidadão questionando sobre quem manda no Brasil.

“Eu tava literalmente num bloquinho de Carnaval e um cidadão, claramente eleitor do ex-presidente Bolsonaro, me abordou e perguntou ‘quem é que manda no Brasil hoje?’, eu digo ‘é o Xandão que manda’. Ele parou, com a esposa, ‘mas como é que você fala isso nessa tranquilidade?’, eu digo, ‘mas é verdade, e sabe porque que manda? Porque você vota em vagabundo que tem processo’. E se o vagabundo tem processo, ele não tem como enfrentar o judiciário, porque puxam a cordinha do processo dele e ele fica ali pendurado. Foi o que aconteceu com o presidente Bolsonaro”, disse Alessandro.

E complementou: “O presidente Bolsonaro, já no início do ano de 2019, começando o mandato, já não mandava nada, porque ele teve que fazer uma grande composição vinculada aos processos, especialmente do filho senador da República, mas dele mesmo, tem um monte de coisa complicada na carreira dele”.

Ainda sobre a atuação do STF, segundo ele com decisões esdrúxulas, Alessandro cita recente decisão do ministro Dias Toffoli pela suspensão de multas a empresas envolvidas na Lava Jato.

“Hoje os maiores problemas do Brasil, do ponto de vista de equilíbrio democrático, estão no STF. Você tem essa face que chama muito a atenção, que é dos processos vinculados à tentativa de golpe, dos atos antidemocráticos, mas ao lado disso e com muito mais gravidade, você tem uma desconstrução de tudo que se fez em termos de judiciário ao longo dos últimos 10, 20 anos. Você tem provas sendo desfeitas, você tem condenações sendo canceladas, e na maior parte das vezes sem o menor respeito ao que está escrito na lei e aos processos. Você teve nas últimas semanas, o ministro Dias Toffoli, monocraticamente, dando canetada e beneficiando empresas que confessaram corrupção e que tinham obrigação de devolver aos cofres públicos algo em torno de R$ 16 bilhões, e ele dá uma canetada e diz ‘não precisa devolver mais’”, disse o senador.

Ele finalizou levantando suspeitas quanto à proximidade de ministros e escritórios de advocacia em torno das sentenças, relembrando a famosa CPI da Toga.

“Essa forma de atuação, a excessiva proximidade de determinados escritórios de advocacia com ministros, inclusive com parentes de ministros atuando diretamente, esposas, companheiras, filhos, amigos, sobrinhos, e quem anda no mundo do direito e atua especificamente em Brasília sabe perfeitamente como as coisas funcionam. São contratações milionárias, que acabam gerando na ponta decisões absolutamente esdrúxulas, pouco razoáveis. Em 2019, quando eu cheguei no Senado, eu apontei logo que nós tínhamos um problema na cúpula do judiciário, e foi a CPI da Toga, teve as assinaturas necessárias, e ela não avançou, num grande consórcio que foi formado naquela época, que era Bolsonaro e PT de mãozinha dada”, pontuou Alessandro Vieira.

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