A secretária Municipal de Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa, esteve ao vivo nos estúdios da rádio Fan FM, na manhã desta quarta-feira, 31, e rebateu as informações dadas, por meio de nota, da Prefeitura de São Cristóvão, que passava a responsabilidade de atraso de alguns serviços ao poder público da capital.
A nota diz que “É importante salientar que o responsável pelo sistema em questão é o município de aracaju, que alega que os recursos que recebe do governo federal não são suficientes para o pagamento dos serviços”, disse a Prefeitura que informa haver um impacto direto em São Cristóvão.
Sobre isso, Waneska respondeu que “especificamente em 2011, a Secretaria de Estado da Saúde, que fomenta política pública, entendendo que existia uma necessidade de organizar a rede de serviços para responsabilizar alguém que fosse responsável pelo fornecimento de procedimentos, sentou com todos os municípios e fez uma pactuação, pegou o dinheiro de cada um deles, colocou na mesa juntamente com o próprio dinheiro da SES, dinheiro referente ao Governo Federal, de média e alta complexidade, e fez um montante de recursos e criou uma metodologia de dividir esse dinheiro proporcionalmente aos municípios de acordo com a população”, disse a secretária.
Para explicar, a gestora mostrou um exemplo. “Então vamos dizer que Amparo de São Francisco tenha 1% da população do Estado, ele ia ficar com 1% desse montante de recursos. Feita essa divisão, cada qual a definição do seu recurso”, disse ela, afirmando que muitos municípios do interior destinavam uma parte também para Aracaju, já que é um pólo tecnológico da saúde.
No entanto, ao longo dos anos esse dinheiro começa a sair da gestão municipal de Aracaju, a secretária explicou que algumas unidades de saúde foram saindo da administração da capital para a estadual, bem como os recursos para custear essas operações. “Em 2016, sai a [Clínica de Repouso] São Marcelo, sai o dinheiro referente à São Marcelo. Em 2018, sai o [Hospital de] Cirugia, sai o dinheiro referente ao Cirurgia. Em 2023, sai o Santa Izabel. Em setembro de 2023, com essa saída, 75% desse recurso para a Secretaria de Estado da Saúde”, explicou Waneska
A regularização do sistema para formalizar o novo formato será aplicada a partir de 1º de fevereiro, mas ela sugere como as secretarias devem trabalhar. “A atenção primária tem que voltar a ser a porta de entrada eficiente do sistema. Onde 80% das necessidades do usuário têm que ser resolvidas ali e você só vai mandar para a especializada, aquele usuário que, efetivamente, não consegue resolver na atenção primária”, alegou a secretária.










