“Eu vi minha porta voar como se fosse uma folha de papel”. A fala de Wellington Pinheiro, de 50 anos, sumariza o que presenciaram vários moradores de um prédio residencial localizado no bairro Santo Antônio, em Aracaju, quando parte da edificação desabou nesse último domingo, 31.
Três vítimas fatais, dois homens e uma mulher, foram confirmadas ainda ontem, além de pelo menos 14 feridos que foram socorridos ao longo do dia. As Defesas Civis estadual e municipal, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, trabalham para localizar mais duas vítimas que ainda estão desaparecidas.
Em relato à reportagem do Portal Fan F1, Wellington contou que morava no prédio há cerca de 20 anos com a esposa e o filho, mas teve de deixar tudo para trás na véspera do ano novo.
“Foi como se fosse uma explosão, assim, tipo coisa de cinema, quando dá aquele estouro, arrebentando tudo pela frente, foi realmente o que eu vi. Quando aconteceu esse estrondo, eu vi minha porta voar como se fosse uma folha de papel, a minha sorte é que eu estava no sofá, ao lado, se eu tivesse na frente da porta, eu acho que eu teria ido junto com ela”, explicou.
De acordo com informações da Defesa Civil da capital, o prédio tinha cerca de 48 kitnets disponíveis para aluguel. No entanto, 16 delas colapsaram de maneira parcial ou total.
“A gente está fazendo o acesso para encontrar duas vítimas que ainda estão desaparecidas, para fazer esse acesso a gente precisa eliminar os riscos de lajes, vigas e pilares que estão com risco de desabamento, estamos fazendo o corte para eliminar esse risco e voltar a trabalhar na remoção dos escombros, fizemos isso durante o dia de ontem”, explicou o tenente-coronel Silvio Prado.
Ainda de acordo com o órgão, informações preliminares dão conta de que o vazamento de um botijão de gás tenha causado uma explosão no local, seguida do colapso de parte da estrutura.
Segundo a Secretaria de Assistência Social de Aracaju, o desabamento deixou 4 pessoas desalojadas e 5 famílias desabrigadas. No momento, esses cidadãos estão sob o acompanhamento da pasta.
“Temos pessoas em situação de vulnerabilidade, estamos fazendo o encaminhamento dessas pessoas, tanto para abrigos municipais como ajudando na logística para aquelas que têm casa de parentes, que têm onde ficar. A gente vai estar fazendo todo o trâmite de aluguel social, de apoio da Secretaria de Assistência, no que diz respeito à situação e à necessidade de cada. Na questão dos desabrigados, a gente está providenciando os abrigos, a gente está alocando essas pessoas nos nossos abrigos com o acompanhamento técnico de assistentes sociais e de psicólogos”, explicou a secretária Simone Passos.










