Em entrevista coletiva concedida no último sábado, 23, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, falou sobre os rumos do PT em 2024. Em resposta à equipe de reportagem do Jornal da Fan, ele citou nomes que, em sua visão, estariam “eleitoralmente” prontos para os pleitos vindouros.

“Vai chegar o momento em que o PT vai abrir nacionalmente o seu calendário eleitoral e, certamente, eu vou participar desse debate com o PT aqui, ajudar o nosso partido a encontrar uma alternativa para fazer a disputa”, afirmou.

Para Márcio, o partido tem capacidade de encabeçar uma chapa. “Eu percebo que tem um sentimento na base do PT de ter candidatura própria, nós temos nomes já eleitoralmente prontos para fazer esse debate como é o caso de Eliane Aquino, Ana Lúcia, como é o caso do senador Rogério, são nomes que já estão prontos para disputa e tem nomes que precisam ser construídos, que é do processo também, é natural”, destacou.

No entanto, o ministro também lembrou que esse processo de escolha precisa ser feito com a federação composta pelo PV e PCdoB.

“O PT não está sozinho nesse processo, tem que respeitar a federação. Nós formamos uma federação que tem poder legal. Então vira um partido só. Então tem que ouvir também o PV, ouvir o PCdoB e construir junto com eles, ver se eles têm nome também para apresentar, ver quais são os nomes do PT que eles concordam. Isso tem que ser construído conjuntamente”, afirmou.

Na oportunidade, o  ministro também afirmou que participou de uma reunião com o governador Fabio Mitidieri e questionou o governador sobre a polêmica envolvendo o PSB.

“Eu perguntei se ele estava envolvido nesse processo do PSB. Ele disse que não estava, que era uma posição de Zezinho e que, como vinha pra base dele, para ele era bom. Eu dei a minha opinião, eu acho que era um equívoco político, mas que respeitava”, declarou o ministro.

Em conversa com o próprio Valadares Filho, Márcio chegou a orientar o ex-presidente da sigla em Sergipe a deixar o PSB e, ao ser questionado sobre a possibilidade de convidá-lo para o PT, o ministro mostrou que está disposto a receber o político.

“Eu ainda não convidei, mas eu acho que é uma possibilidade. É uma coisa que pode acontecer. Mas é uma decisão, obviamente, dele. Ele tem vários convites, de dois partidos da federação e de outros partidos de fora também, mas não podemos descartar a possibilidade de vir para o PT, eu gosto da ideia”, finalizou.