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Médico é preso em São Paulo suspeito de causar a morte de 42 pacientes

Da Redação

15/12/2023


O médico João Batista do Couto Neto, de 47 anos, foi preso na tarde desta quinta-feira, 14, enquanto atendia no Hospital Municipal de Caçapava, em São Paulo, suspeito de causar a morte de 42 pacientes. Além disso, o nome do profissional constava na lista de procurados pela Justiça do Rio Grande do Sul, por homicídio doloso qualificado de três pacientes, quando há intenção de matar.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, as autoridades policiais receberam informações de que o médico estaria hospedado em um hotel da cidade e trabalhando na região. A polícia já tinha um mandado de prisão preventiva contra ele, expedido pela Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, na última terça-feira, 12.

Segundo a Polícia Civil, os três primeiros indiciamentos foram pelas mortes de dois homens e uma mulher. Couto realizava cirurgias de hérnia, vesícula e refluxo, mas a investigação mostrou que uma série de procedimentos teriam sido realizados sem a autorização dos pacientes.

Além das 42 mortes, o médico é ainda suspeito de causar lesões em 114 pacientes. Um dos casos é de uma paciente com endometriose; o médico teria deixado de retirar o útero, apesar de cobrar o plano de saúde pelo procedimento. Em outro, uma paciente que se apresentou para uma retirada de hérnia teria sido submetida a outro procedimento.

O delegado responsável pelo caso, Tarcísio Kaltbach, em entrevista cedida à Agência Brasil, contou que o indiciamento se deu por homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, agravado por violação de dever inerente à profissão e praticado contra contra vítima maior de 60 anos. Ele destacou também que ele pode ser condenado a uma pena de reclusão que varia entre 12 e 30 anos.

O advogado Brunno de Lia Pires, que representa o médico, disse à Agência Brasil que ele ainda se encontra detido em Caçapava. A defesa acrescentou ainda que os crimes imputados ao médico decorreram de “supostos erros médicos”.

Pacientes e pessoas que trabalharam com ele relataram excesso de cirurgias por dia, procedimentos desnecessários e até diagnóstico de câncer raro falso.

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