A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 5, um requerimento da deputada federal Katarina Feitoza (PSD) para moção de repúdio à diretoria do Sindicato da Polícia Civil do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) após a expulsão da policial Jussiene Melo Passos, mais conhecida como Jô Guerreira, do cargo de diretora de Assuntos Parlamentares da entidade.

O pedido foi analisado na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

De acordo com a reivindicação, a expulsão da policial pode ser configurada como uma “flagrante violência de gênero, etária e política contra a mulher”.

No texto do requerimento, a deputada afirma que a justificativa para a expulsão de Jussiene foi o comparecimento em um seminário promovido pela comissão em questão, onde foi debatida a Lei Orgânica das Polícias Civis.

Segundo Katarina, o presidente do Sinpol, Jean Rezende, apesar de convidado ao mesmo evento, não compareceu e convocou uma assembleia extraordinária no mesmo dia e horário do seminário. Posteriormente, ele teria notificado Jussiene sobre a expulsão do cargo.

Conforme a deputada, a policial, mesmo com 37 anos de carreira na Polícia Civil de Sergipe, foi submetida a uma situação “vexatória e arbitrária”.

“Assim, o sr. presidente do Sinpol Sergipe, ao promover o ato de expulsão da diretora, praticou claramente uma ação misógina, sem qualquer embasamento existente no regimento do sindicato ou até mesmo em qualquer legislação sobre o tema, o que levou, inclusive, à recusa de assinatura do documento de expulsão por parte de outros membros do diretório”, expressou.