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Waneska comenta fila para procedimentos em Aracaju: “Saúde não se faz só com boa vontade, saúde precisa de dinheiro”

Da redação

29/11/2023


Em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta quarta-feira, 29, a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, falou sobre a fila represada para a realização de procedimentos nas unidades que compõem a rede municipal. 

“São muitas pessoas para poucos exames. Para você ter uma ideia, para ultrassonografia nós temos uma fila aí de mais de 17 mil pessoas hoje, e eram 40 mil. Nós pudemos fazer uma limpeza na fila liberando o overbooking, então, marcando bastante. Infelizmente, tem um índice de absenteísmo muito alto, que gira em torno de 40% na média, mas tem procedimentos que a gente tem 60% de absenteísmo”, revelou a secretária. 

Segundo a secretária, a demanda para alguns exames, como a ultrassonografia, são amplas e se renovam a cada mês. Em suas palavras, a pasta tem se empenhado para garantir a celeridade dos atendimentos, inclusive, revendo as prioridades dos pacientes que aguardam na fila. 

“Um trabalho que foi feito, inclusive, abaixo dos meus olhos, para que a gente pudesse fazer essa limpeza na fila, pegasse todos os usuários que tinham mais de um ano na fila, olhasse para eles e reavaliasse a prioridade deles e marcasse esses procedimentos. Inclusive, fazendo uma coisa além da parte técnica, porque na parte técnica nós temos uma central de regulação, nós temos médicos e enfermeiros que avaliam cada pedido”, disse ela. 

De acordo com a secretária, os avanços alcançados na rede, como a organização da atenção primária, possibilitaram um maior acesso à média complexidade, o que demanda, por conseguinte, atendimento especializado, gerando filas. A pandemia, devido ao estado de emergência sanitária, impactou diretamente a realização desses procedimentos. 

Obviamente, quando você melhora a atenção, melhora o acesso das pessoas, você passa a crescer a sua fila de média complexidade, porque quando a pessoa entra na atenção primária, ela pode precisar de um determinado exame, então ela vai para uma fila e isso só vai se avolumando”, afirmou. 

Na oportunidade, Waneska também falou sobre o aporte de recursos na rede. Em suas palavras, o empenho é muito maior para o município do que para o Governo Federal. 

“Saúde não se faz só com boa vontade, saúde precisa de dinheiro. Para que você faça um exame você tem que contratar uma clínica ou você tem que contratar um profissional para que ele faça, você tem que montar um serviço, e nada disso se faz com sua vontade, se faz com recursos. E ao longo do tempo, a gente vê cada vez mais uma participação pequena do Governo Federal, que é quem tem a melhor estrutura econômica, e uma participação muito grande dos municípios, que já estão sem condições de suportar isso. E ainda mais o nosso estado, onde a cidade de Aracaju é a capital e acaba sendo a referência”, completou. 

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