Em entrevista ao programa Sergipe Verdade, da rádio SIM FM, nesta terça-feira, 10, o presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulâncias do Samu, Roberio Batista, comentou sobre a situação das ambulâncias no estado de Sergipe. Segundo ele, a maior dificuldade é a demora para a manutenção das viaturas.

“E isso preocupa, porque viatura que sai do sistema, viatura baixada como a gente chama, é população desassistida. E não tem como a população ficar desassistida, mesmo com todas as viaturas no sistema é difícil atender os mais de 2 milhões de habitantes do estado de Sergipe, imagine quando você tira 30%, mais de 20%”, afirma.

Na oportunidade, Roberio também solicitou uma atenção maior do Governo do Estado quanto à pasta da Saúde.

“Então a gente gostaria de chamar a atenção do governo do estado, ele precisa botar o olhar, ele precisa entrar no Samu e saber o que tá acontecendo dentro do Samu. Ele precisa entrar na Secretaria de Saúde e saber o que está acontecendo dentro da Secretaria de Saúde. Porque como se não bastasse termos viaturas a menos, que, detalhe, além dessas quebradas, a gente fica com viatura baixada por falta de profissionais, por falta de enfermeiro e de médico”, relatou.

Ele também informa que há uma quilometragem específica e um tempo de uso para que as ambulâncias sejam substituídas, mas que isso não tem acontecido na prática.

“O que é preconizado, salvo engano, são 300 mil km, uns três anos, uma coisa assim, não tenho essa informação precisa, mas eu sei exatamente que existe uma regra para substituição [das ambulâncias]. E aqui nós temos viaturas, 17,18, que já tem muito mais de cinco anos”, disse, ao que complementou: “É preconizado que haja substituição, porque há um desgaste natural, né? Se tem manutenção, se tiver uma manutenção preventiva e de qualidade, óbvio que ela vai rodar muito mais. Mas isso é o que é preconizado, e isso é na teoria, na prática, e principalmente no Brasil, a gente sabe que não vai funcionar dessa forma”.