A mulher que foi presa acusada de ocultar o cadáver de um homem e de maus-tratos contra a filha de quatro anos, no bairro Suíssa, em Aracaju, nessa última quarta-feira, 20, confessou à polícia que o corpo estava guardado há sete anos. Ela  negou ter cometido o homicídio e disse que agiu por medo. 

O corpo, que estava em avançado estado de decomposição, foi encontrado dentro de uma mala na geladeira durante uma ação de despejo.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil instaurou inquérito policial para identificar a identidade da vítima, as circunstâncias da morte e autoria do homicídio. 

De acordo com a delegada Roberta Fortes, que fez o auto de prisão em flagrante, a investigada narrou sua versão dos fatos. 

“A mulher confessou que havia guardado o corpo daquele senhor dentro da geladeira. Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira. Ela disse que o fato teria ocorrido em 2016”, detalhou. 

A criança resgatada no local, filha da acusada, foi entregue ao Conselho Tutelar e encaminhada para um familiar. 

A identidade da vítima está sendo apurada. “Nós tivemos informações de quem poderia ser a vítima. A presa confessou quem seria a pessoa, mas ainda vão ser feitos exames periciais para comprovar se é a real identidade”, acrescentou a delegada. 

Entenda o caso

O DHPP foi acionado com a informação de que um corpo foi encontrado dentro de uma geladeira e que uma mulher teria tentado tirar a própria vida no momento em que o oficial de justiça entrou na residência para cumprir uma ordem de despejo. 

No momento da chegada dos agentes policiais ao local, a mulher já tinha sido encaminhada ao hospital. 

Após ser atendida, ela foi presa em flagrante pela ocultação de cadáver e maus-tratos à criança e levada à delegacia para prestar depoimento.