“Gritava com ele… chamando de búfalo, de Nhonho”, diz mãe sobre bullying praticado por professor

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Na manhã desta sexta-feira, 11, o Jornal da Fan abordou o caso denunciado por uma mãe que vem sofrendo um grande drama e trouxe até os ouvintes da Rádio Fan FM graves relatos sobre diferentes abusos sofridos pelo filho dela, de 10 anos. As denúncias são graves e se referem a casos distintos, ocorridos em locais e momentos diferentes: assédio moral em ambiente escolar (bullying) e violência sexual contra vulnerável, cometida por pessoa próxima ao menino.

Digne Maiane, a mãe, começou relatando o caso de bullying. Os relatos envolvem a Escola Municipal Dr. Jessé Andrade Fontes, de Arauá. A mulher contou que seu filho vem sofrendo bullying constantemente na escola e que nada é feito por parte da direção para solucionar o problema e impedir o abuso. A revelação que torna a situação ainda mais chocante, é que o assédio é cometido pelo próprio professor do menino.

“Desde o início do ano, ele chegava da escola agressivo e ficava só chorando pelos cantos. Eu ficava perguntando o que foi e sempre conversando com ele até que ele começou a falar, reclamando sobre o professor. Que falava muito bruto com ele, gritava com ele e o xingava dentro da sala, até que o professor passou a fazer apelidos, chamando de búfalo, de Nhonho (personagem da série mexicana Chaves, que é uma criança obesa e com os dentes frontais avantajados). A situação foi piorando e meu filho chegou várias vezes da escola chorando, reclamando do professor e dizendo que não queria mais ir para a escola”, contou a mãe.

Digne disse que levou o caso ao conhecimento da direção da escola, que ficou de resolver o problema, o que não aconteceu. Isso a fez procurar pelo secretário de Educação do Município de Arauá, que convocou uma reunião com a direção da escola para solucionar o problema, mas a mãe diz que não adiantou nada e o menino continuou sendo moralmente assediado pelo professor. “A situação foi piorando e meu filho chegou ao ponto de não querer ir para a escola. Ficou dias sem quere ir à escola e começou a chorar. Ele só queria que mudasse de professor”, disse.

A mãe revelou, ainda, que o filho foi vítima de violência sexual e que a soma dos dois traumas passou a ser um fardo muito pesado para a criança sustentar. Os efeitos psicológicos e emocionais negativos provocados pelo bullying, terminaram por se somar e potencializar os traumas adquiridos pela criança violentada.

“Não foi na escola, só que ele não queria ir de jeito nenhum para a escola, porque já estava com esse outro problema na cabeça. Procurei as autoridades e o Conselho Tutelar, que se encarregou de resolver a situação. O diretor me procurou, conversou comigo, que ia dar um jeito para ele não ficar sem ir para a escola”, relata a mãe.

Ela disse que, por ter apenas uma turma referente à série em que o menino se encontra, a diretoria informou que adaptaria uma outra turma para ele não ficar sem aulas. Digne contou que, após a mudança, o filho se adaptou bem, voltou à escola e não mais se opôs a ir para as aulas, no entanto, ela revelou que, recentemente, a direção da escola entrou em contato com ela, solicitando os livros referente à nova turma `qual foi adaptado e informando que ele retornaria à turma de origem, para voltar a ter aulas com o mesmo professor que o assediava.

“Estou cobrando os direitos do meu filho, porque ele vem sofrendo bullying na escola. Já aconteceu essa outra situação com ele. Meu filho está fazendo acompanhamento psicológico e psiquiátrico em Aracaju, está tomando remédio controlado, duas vezes ao dia, e o menino vai ficar nesse vai-e-vem?! É muita coisa para a cabeça de uma criança. Gente, é uma criança! Vamos ser seres humanos. Vamos se colocar no lugar dos outros. Eu sou mãe! Eu não tenho que procurar o prefeito para resolver isso. Como eu já procurei diretor, já procurei secretário e nada adiantou, eu vou procurar os meus direitos. Eu não vou parar e não vou aceitar e nem ele quer estudar com o mesmo professor. Meu filho é vítima e está sendo tratado como o vilão”, desabafou a mãe.

A produção do Jornal da Fan entrou em contato com o diretor da escola, professor Inilton, que não comentou o caso: “Estou viajando, agora. Eu só atendi por educação e gentileza, não posso participar do programa agora. Apenas atendi para parabenizar o programa. Nós fizemos uma reunião com ela (a mãe), com o professor e o secretário. Tem uma ata da reunião, mas em outro momento eu participo do programa”, limitou-se a dizer o diretor.

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