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“Essa cobrança é natural, é justa e é um direito”, diz presidente da Emurb sobre cobranças da população

Da redação

11/07/2023


Na manhã desta terça-feira, o Jornal da Fan entrevistou o presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sérgio Ferrari, que fez um balanço das obras realizadas em Aracaju durante a gestão dele.

Sérgio Ferrari também falou sobre como é lidar com o problema sazonal dos buracos nas vias públicas, que se multiplicam na cidade nos períodos de chuva e que, justamente por conta da alta pluviométrica, se torna um problema difícil de ser solucionado.

“Eu entendo que existe toda uma cobrança da sociedade por melhorias e essa cobrança é natural, é justa e é um direito e é necessário. A população tem todo o direito de reclamar, de cobrar e de exigir e eu acho isso natural. Todo ano tem chuva e, quando chove, a condição do trabalho piora. Esse ano, no mundo inteiro, o aumento do volume de chuva está sendo um fenômeno mundial. É o aquecimento global que está fazendo isso. Eu moro em Aracaju há 46 anos e nunca peguei um maio que chovesse 500 milímetros, como choveu esse maio. Foi o mês mais chuvoso de todo o tempo em que eu estou aqui em Aracaju. Quando se tem muita chuva, a sua ação, do ponto de vista de tapa buraco e desobstrução, fica mais limitada. Não dá para fazer tapa buraco com a chuva, porque é jogar dinheiro fora”, disse Ferrari.

O presidente da Emurb explicou que é preciso que o local que vai passar por recapeamento ou por alguma operação de tapa buraco esteja seco e que não haja previsão de chuva, pois são condições adversas que colocam em risco a qualidade do serviço.

“Tem que estar seco, porque o próprio movimento de carros vai tirar aquilo que você colocou. A gente faz, de vez em quando, uma técnica de asfalto ao frio, quando está chovendo muito, mas a gente sabe que é um serviço de pouca durabilidade, mas é necessário, pois, não podemos deixar um grande buraco que pode provocar um acidente, as pessoas caem, danifica carro, então, você é obrigado a fazer, precisa fazer, mas com a consciência de que é um trabalho de durabilidade menor”, explicou o presidente da Emurb.

É muito natural que as pessoas critiquem o asfalto e a qualidade dos serviços de recapeamento na cidade, sobretudo nessa época de chuva, o que faz com que a população, não raro, utilize o termo “asfalto Sonrizal” para questionar a qualidade do asfalto empregado nesses serviços. Sérgio Ferrari, no entanto, garante que a qualidade do material empregado em Aracaju, pela Prefeitura, é a mesma utilizada em todo o país e contou sobre o material utilizado na confecção do asfalto.

“A qualidade do asfalto é a mesma. Como é que se faz o asfalto? Pega areia, brita zero, brita um e um produto que se chama CAP, que é o cimento asfáltico de petróleo. Esse produto que faz a liga e a dosagem é a mesma em qualquer circunstância. A questão é, quando se coloca o asfalto, o ideal é que a superfície sobre a qual está se colocando tenha boa rugosidade e esteja seca. Em época de chuva, entre o asfalto a superfície em que você está colocando o material entra um pouco de água, então, evidentemente, vai interferir na qualidade do serviço, então, o problema não é a qualidade do asfalto, mas as condições da via que não são a ideais”, elucidou Sério Ferrari.

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