Na manhã desta segunda-feira, 10, o Jornal da Fan, da rádio Fan FM, acompanhou de perto a situação dos moradores do Povoado São José, Zona de Expansão de Aracaju. Os habitantes da região cobram uma ação das autoridades e dos órgãos competentes para corrigir os problemas de alagamentos constantes, que inviabilizam a moradia e o transporte na localidade.

José Firmo, liderança da região, explica que há quase dois meses a população tem sofrido com o acúmulo das águas da chuva, e que mesmo com as ações corretivas realizadas na região, a situação só piora.

“Há mais de um mês, quase dois meses, que a gente está nessa situação aqui, que invés de melhorar, cada vez mais piora. A gente sabe que a Defesa Civil tem feito alguma atividade aqui, tem retirado água com puxada, com carro tanque, tem aberto algumas valas, mas isso é muito pouco em relação às dificuldades que a gente tá passando. A relação entre o que está sendo feito e a quantidade de chuvas realmente tem sido desproporcional e quem acaba sofrendo são os moradores”, declara.

Firmo relata ainda que, em alguns locais, as pessoas precisaram sair das suas residências por conta das enchentes, indo para a casa de parentes e deixando seus próprios lares.

“Tem locais em que as pessoas já foram embora das casas, sorte de alguns que tem parentes por perto, que vão morar na casa de parente, mas a situação tá muito ruim”, lamenta.

Sobre as ações efetivas para a mudança do cenário na região, o líder afirma que somente procedimentos paliativos não são capazes de resolver o problema, sendo necessário buscar também saídas definitivas.

“Por enquanto são esses paliativos mesmo, não tem outra saída se não for essas formas como a Defesa Civil encontrou de fazer. Abrir valas para que interligue as lagoas antigas, algumas que foram aterradas e valas que foram entupidas com o tempo para que água possa chegar até o mar e até o rio Santa Maria, e continuar bombeando com o carro tanque, que é uma coisa muito primitiva e um paliativo muito difícil, mas não tem outro jeito. Por enquanto as alternativas são essas.”

E complementa: “O definitivo precisa fazer um trabalho muito grande, como a prefeitura tinha anunciado inclusive, com relação a drenagem da região. O crescimento está sendo muito rápido e desordenado, então os locais para onde as águas escoavam anteriormente, essas águas não tem para onde ir mais. Elas (as águas) tem ficado no leito das vias, ou dentro das casas, então precisa ser feito um serviço de drenagem de água pluvial, serviço grande e de fôlego, que inclusive acho que não tem como ser feito a curto prazo, mas é preciso que comece a fazer para que no próximo inverno, pelo menos nesses locais onde as águas têm ficado mais estagnadas, não voltem para causar esse tipo de transtorno e até prejuízo para as pessoas”, finaliza.