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Secretário fala sobre FHS, piso da enfermagem e soluções para os problemas do Huse

Da redação

28/06/2023


Na manhã desta quarta-feira, 27, o Jornal da Fan entrevistou o médico e secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, que falou aos ouvintes da Rádio Fan FM sobre o Sistema Único de Saúde e abordou os maiores desafios a serem encarados por ele enquanto gestor da pasta.

“O SUS é complexo, ele é perfeito na sua escrita e desde a Constituição de 88 vem crescendo e avançando, diante desse sistema de Saúde que é o maior do mundo e tem que acolher milhões de pessoas. A mesmo tempo que é um desafio grande, Saúde é a busca constante de soluções, com os problemas acontecendo, mas a gente busca encarar isso com seriedade e profissionalismo”, destacou o secretário.

“Toda a minha formação foi dentro do SUS, mas muito distante da gestão e do contexto político. Tenho procurado aprender e a lidar com as situações, é uma cadeira que é um cargo político, mas que, por escolha do nosso governador, que traz a Saúde como prioridade e entende o anseio social por Saúde e escolheu por colocar uma pessoa que traz um viés técnico, mas que precisa desenvolver habilidades no contexto político, pois é através da política que a gente consegue traçar as estratégias de políticas públicas”, disse.

Fundação Hospitalar

Sobre a Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS), Pinheiro ressaltou o compromisso, já firmado anteriormente por Fábio, de incorporar os profissionais da FHS aos quadros da saúde do estado.

“Os servidores da Fundação Hospitalar são muito importantes para o funcionamento da Saúde do Estado, então, não há, na minha visão, espaço para a gente abrir mão desses funcionários. Muito pelo contrário. Nós estamos ampliando os serviços, temos pela frente um Hospital do Câncer, que vai demandar força de trabalho de profissionais da Saúde. A gente precisa desses profissionais e está com esse diálogo aberto, transparente e franco. A gente entende que precisamos dessa força de trabalho, esse é um ponto. Outro ponto são as garantias da própria Constituição em relação aos servidores, celetistas e concursados, que garantem os direitos trabalhistas e acredito que qualquer saída que encampemos, no plano jurídico, contemple essa situação. Não é motivo para desespero, é motivo para discutir e buscar soluções. Como o problema é complexo, as soluções também envolvem uma certa complexidade. A gente tem que se debruçar com essa causa complexa e encontrar juntos com a participação dos sindicatos e dos trabalhadores. Acredito que vamos encontrar esse caminho”, disse o secretário.

Piso da Enfermagem

Walter Pinheiro também aproveitou para falar sobre o piso dos profissionais da enfermagem em Sergipe, pauta que o secretário diz estar contemplada na agenda do Governo do Estado.

“Na primeira semana de janeiro, essa já foi uma pauta sobre a qual a gente se debruçou, visto que foi uma promessa do governador e uma necessidade de dar essa resposta aos profissionais da enfermagem. A gente entende essa reivindicação como muito justa, saiu a aprovação do piso nacional, que é uma realidade. Precisamos entregar esse resultado para essa categoria. Acredito que estamos no prazo para essa construção. O próprio Governo Federal vem sinalizando nesse sentido. Tivemos essa semana uma atualização dessa situação, em Brasília, com a presença da Ministra da Saúde e dos técnicos do Ministério da Saúde, buscando dimensionar da forma mais coerente e correta possível o número de profissionais para que esses recursos possam chegar mais próximos da necessidade, pois hoje o fato é que os recursos que estão sendo destinados pelo Governo federal são insuficientes e necessariamente haverá uma contrapartida estadual para que a gente possa cumprir essa lei. Até amanhã nós temos um prazo para entregar essas informações numa plataforma do Ministério da Saúde para a gente ter o cadastro real dos nossos profissionais para que a gente busque, sim, esses recursos, visto que o impacto econômico e financeiro dessa política, se ficar muito a cargo do Estado vai acabar afetando o orçamento como um todo. A ideia é que a gente apresente um plano, independentemente do Governo Federal, para o próximo mês, de como a gente pode estar implantando esse piso para os enfermeiros. Existem algumas situações que a gente precisa analisar, não só do impacto, mas também da carga horária, da previsibilidade desses recursos darem segmento para os próximos anos, uma série de situações que não são exclusividade de Sergipe, é uma situação que vem se discutindo até no Supremo Tribunal Federal”, declarou o secretário, que fez questão de ressaltar que o Estado ainda não recebeu nenhum recurso: “Deixar claro, ainda, que nenhum recurso chegou. Não tem nada na conta”.

HUSE

Walter Pinheiro também falou sobre o Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE), considerado por muitos como um problema insolucionável. Foi perguntado ao secretário se um maior investimento nos hospitais regionais do Estado seria a melhor solução para reduzir a alta demanda do Huse.

“Faz parte da solução. A solução é ‘multi’. Envolve questões da regulação; a descentralização, com a otimização do serviço nos regionais; processos internos do próprio hospital; envolve a questão de o HUSE ser um hospital de urgência, mas muitas vezes se depara com atenções que poderiam ser realizadas em outras esferas. O Norte do HUSE, que a gente acredita que seja possível em médio prazo, é regular a porta do HUSE e ter um hospital de retaguarda que faça o atendimento da população dito de baixa complexidade. O ideal é que fosse na capital. Em diversos estados, principalmente nas capitais, os hospitais municipais fazem essa atenção. Ai deixaríamos o HUSE para a alta complexidade, porque ele tem isso no seu DNA. Quando a gente mapeou o hospital, a gente viu que uma enorme massa de pacientes que nós recebíamos lá eram pacientes com doenças crônicas, que agudizavam. Possivelmente, a maior parte, preveníveis”.

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