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CUT sugere criação de fundo especial e aumento da participação do estado para cobrir “rombo” do Ipesaúde
Da redação
14/06/2023
Servidores públicos do estado de Sergipe mobilizaram uma manifestação em frente ao Palácio dos Despachos, em Aracaju, nesta quarta-feira, 14.
O ato tinha como principal reivindicação a revogação da lei que aprovou mudanças na contribuição e limites no número de procedimentos médicos no Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde).
De acordo com Roberto Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os servidores também sugerem a criação de um fundo especial de iniciativa do governo.
“Com relação a essa questão do rombo de R$ 200 milhões que o Ipes diz existir, nós sugerimos a criação de um fundo especial transitório. O governo poderia buscar meios, no nosso entendimento, de não prejudicar os servidores, de não taxar os servidores, mas aumentar um pouco a contribuição do estado, uma vez que está aumentando significativamente a arrecadação. Para se ter uma ideia, de janeiro a maio o ICMS cresceu mais de 20%, o governo possui margem significativa de receita para poder fazer uma movimentação de capitalizar o Ipes e não taxar os servidores, essa é a nossa reivindicação”, relatou.
Também nesta quarta, em entrevista coletiva, o presidente do Ipesaúde, Cláudio Mitidieri, apresentou o panorama atual da instituição.
“O discurso de que estamos jogando todo o déficit do Ipes nas costas do servidor não corresponde à verdade, não podemos esquecer que, quando nós ajustamos de 4% para 6% a contribuição do servidor, o governo de Sergipe também aumenta de 4% para 6% sua contribuição patronal, e em números, isso representa R$ 5 milhões a mais retirados do cofre do governo para investimento na saúde de seus servidores”, explicou.
Na oportunidade, o presidente foi questionado sobre o recebimento da sugestão de criação do fundo especial como uma forma de sanar o déficit orçamentário.
Presidente do Ipes diz não ter recebido proposta das entidades sindicais
“A única coisa que foi dita é que não podíamos aumentar a alíquota, mas qual é a alternativa? Fechar sem reajustar? Onde vamos encontrar esse dinheiro? Disseram: ‘pensaremos em uma proposta e vamos enviar uma sugestão’, mas isso nunca foi feito”, disse ele.