O deputado estadual Chico do Correio foi entrevistado durante o Jornal da Fan desta segunda-feira, 12. Na oportunidade, o parlamentar comentou sobre seu afastamento temporário da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para cuidar da saúde. Logo após assumir o mandato e ser acometido por alguns sintomas, o deputado procurou ajuda médica e foi diagnosticado com transtorno de ansiedade. 

“Do final do ano passado para cá é que apareceu esse cansaço muscular, essa fadiga, essa impaciência, essa irritação que não é minha característica, mas seguimos. Assim que assumimos a Assembleia, quase toda semana tinha esses sinais e esses sintomas, então procurei orientação médica e fui diagnosticado com o transtorno de ansiedade”, explicou Chico.

O parlamentar afirma que chegou a realizar uma bateria de exames, com a suspeita de patologias de ordem física, mas nenhuma anormalidade foi detectada. Diante da situação, ele foi acompanhado por psicólogos e psiquiatras, recebeu o diagnóstico e diz ter aderido a boas práticas, como a prática de atividades físicas, para atenuar os sintomas.

“Se você não cuidar, tratar, não tiver o apoio para tratar corretamente, é um primeiro passo para você entrar em uma depressão. Existe um grau leve, um grau moderado e um grave, mas felizmente detectamos praticamente no início, e nós estamos cuidando da saúde, de repouso”, completou. 

De acordo com Chico, a perspectiva é retornar aos trabalhos na Alese na próxima semana. Em suas palavras, a volta será marcada por uma maior atenção à saúde. 

“Tive uma primeira licença até o final de maio e outra licença até o dia 21 de junho, com fé em Deus a partir do dia 22 deste mês a gente volta aos trabalhos, claro que agora com uma nova forma de trabalhar, não com menos vontade de trabalhar, mas com cuidado em relação ao dia a dia, à vida física e psicológica porque foi uma grande luta”, finalizou o deputado. 

Transtorno de ansiedade

Caracterizado pela preocupação ou expectativa apreensiva, persistente e de difícil controle, o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) tem sido cada vez mais recorrente entre a população. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao total, são 18,6 milhões de brasileiros que sofrem do transtorno, o que corresponde a 9,3% da população.

Somente  no ano de 2022, o Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) contabilizou 41 atendimentos emergenciais (quadros graves) relacionados ao transtorno.