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Georgeo espera Projeto do Ipesaude, posicionamento do Governo e pede equilíbrio nas contas

Da redação

31/05/2023


Na manhã desta quarta-feira, 31, o Jornal da Fan conversou com o deputado estadual Georgeo Passos, que falou sobre a palestra realizada nesta terça-feira, 30, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), pelo diretor-presidente do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaude), o mastologista Dr. Cláudio Mitidieri Simões, que na ocasião elencou as dificuldades enfrentadas para manter a prestação de serviços à população por meio do instituto, que é considerado uma das maiores redes de assistência à saúde.

Na avaliação de Georgeo Passos, o Ipesaude é extremamente importante para os servidores do Estado, mas fez algumas ressalvas. “O Ipesaude é importante para o servidor público, um plano de saúde que tem mais de 100 mil vidas participantes, mas que também tem um histórico de muitos desmandos. O Ipesaude já teve momentos delicados, onde usaram dos seus serviços indevidamente. Já tivemos na Assembleia, no passado, inclusive, CPI do Ipes. Aí, mais uma vez, chega para os deputados um Projeto de Lei que tem por objetivo aumentar o valor das contribuições pagas pelos associados. Os servidores estão há um bom tempo com seus salários sem recomposição da inflação, no entanto, o aumento proposto pelo presidente é em torno de 50%. A gente sabe que isso vai impactar no orçamento dos servidores, ao ponto que, também precisamos entender como essa dívida, que foi dita ontem, chegou a esse patamar. É lógico que o custo da saúde subiu muito, principalmente depois da pandemia, mas tudo isso foram palavras ditas pelo presidente, e é claro que a gente respeita a palavra dele, mas é importante a gente ter acesso aos documentos, pois, afinal, foi uma dívida de quase R$ 200 milhões que foi relatada e, mais uma vez, quem vai pagar a conta é o servidor, que recebeu, em sua grande maioria, apenas 2,5% de reajuste esse ano”, disse Georgeo.

“Me recordo que, ao longo dos meus três mandatos, sempre recebemos na Alese, propostas do Governo para ampliar a receita do Ipes. Antigamente, os dependentes não pagavam. Isso veio surgir, se não em engano, no governo Belivaldo, que colocou essa nova tabela para os dependentes. O pessoal de Prefeituras e Câmaras não participavam do Ipes e colocaram mais vidas, para ampliar a receita, ou seja, sempre se buscou, ao longo do tempo, melhorar essa arrecadação do Ipes para fechar a conta, mas, pelo que agente percebe, essa conta nunca fechou”, disse o parlamentar.

Passos também pontuou que episódios que evidenciam uma possível má gestão do Instituto são recorrentes e que é preciso ter garantias de que esse reajuste sugerido resolva, efetivamente, os problemas apresentados.

“Lógico que, cada dia mais, você tem que modernizar a gestão e fazer com que o recurso dê conta da despesa e encontrar esse ponto de equilíbrio. Agora, o que me chama a atenção é que, sempre que acontece algum desmando, quem paga a conta é o contribuinte e a história do Ipes diz isso. É preciso ter muita cautela e muita prudência, para não inviabilizar o Ipes, pois, se o servidor não conseguir mais pagar o plano, ele vai para o SUS e vamos também ter um impacto na Saúde pública. É um tema delicado, tempos que esperar o Projeto de Lei chegar, para agente avaliar se o reajuste vai ser de 6%, ou se o Estado pode fazer algo melhor na sua participação, mas a gente não pode deixar que o Ipes fique inviabilizado e que não tenha condições de sobrevivência. A informação que tive é de que esse projeto pode chegar ainda hoje e ser distribuído à tarde e há a previsão de que ele seja votado amanhã”, revelou Georgeo Passos.

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