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Mãe clama por assistência domiciliar para levar filha com microcefalia para casa
Da redação
16/05/2023
Na manhã desta terça-feira, 16, o Jornal da Fan repercutiu o caso da Vitória, mulher residente da cidade de Estância, cuja filha, a pequena Geovanna, que tem apenas dois anos de idade e sofre de microcefalia, está internada no Hospital de Urgência de Sergipe, João Alves Filho, desde o mês de dezembro do ano passado.
Vitória vem tentando, através das redes sociais, conseguir apoio para dar um suporte especial à filha, que já recebeu a liberação dos médicos e precisa retornar para casa, mas, em função da condição de Giovana, que requer atenção e cuidados especiais, a mãe ainda não pôde realizar a transferência da menina.
“Minha Geovanna tem microcefalia e, em dezembro, sofreu um surto respiratório. Eu a levei no hospital em Estância e ela precisou ser entubada. Como lá em Estância não tinha suporte para ela, minha filha foi transferida para o João Alves. Em janeiro, ela recebeu alta depois de realizar uma traqueostomia. Aí fui para a internação com ela, fiz um treinamento para aprender os cuidados e, desse então, estamos aguardando o Município disponibilizar para a gente os equipamentos hospitalares para dar, em casa, o suporte do qual ela necessita. Estamos aqui, então, desde janeiro e até agora, nada. Estamos aqui até hoje”, desabafa a mãe.
Além do contratempo de passar meses dentro um hospital, com uma criança internada, a maior preocupação de Jussara é com relação à saúde da filha que, apesar de estar sendo assistida, está sujeita à contração de outras doenças ou até mesmo de uma infecção hospitalar, o que pode representar um grave risco à sua saúde, em função da microcefalia.
“Por conta desse surto respiratório que está acometendo muitas crianças e da demora no ambiente hospitalar, minha filha, que tem a imunidade baixa, está exposta. Ela já pegou umas infecções, contraiu quatro bactérias e isso tem me deixado muito preocupada. É só o Município disponibilizar os itens da lista que o médico passou, que minha filha vai poder ser tratada em casa, mas eles dizem que eu tenho que aguardar o processo judicial. Já entrei com o processo, mas eles apenas me dizem para aguardar, que está em andamento. Enquanto isso, seguimos morando no hospital”, conta.
Por telefone, Matheus Moura, diretor executivo da secretaria de Saúde de Estância, passou o posicionamento da Prefeitura Municipal a respeito do caso. “O apelo da Giovana veio ao nosso conhecimento no início deste ano, com um relatório médico solicitando uma série de insumos, produtos e materiais para que ela pudesse receber a alta e os cuidados necessários em domicílio. Quando ela nos procurou, informamos que temos à disposição alguns itens da lista, mas alguns produtos e insumos, sobretudo os de origem mais hospitalar, nós não temos à disposição no Município, pelo SUS. A menor precisa de uma grande atenção domiciliar, de uma estrutura na própria com cama hospitalar, nebulizador, aspirador, dentre outras coisas. Como o Município não tem a disponibilidade imediata, a orientamos que buscasse a via judicial. Esse trâmite judicial, muitas vezes, é aquele que entendemos ser o mais completo, o mais preciso e, inclusive, o mais célere. Estamos acompanhando todo o processo através de um canal direto com a Defensoria Pública, para que seja mais célere ainda”, disse o diretor da Saúde de Estância.