Saúde

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Estado amplia leitos mas tem dificuldade em contratar intensivistas pediátricos para a rede pública

Da redação

09/05/2023


Com a chegada do inverno, em função da mudança climática e do período mais frio do ano, é comum uma maior ocorrência de casos de gripe, alergias e síndromes respiratórias. Justamente por conta disso, o Brasil, nas últimas semanas, vem atravessando um surto nacional de síndrome respiratória aguda grave, que tem afetado, sobretudo, jovens e crianças de todo o país. A situação, que pode ser observada em quase todas as capitais e grandes cidades do Brasil, também atingiu Sergipe, sobretudo a capital do estado. Há, pelo menos, duas semanas, os postos de saúde e unidades hospitalares da cidade vêm sofrendo uma alta procura por atendimento a jovens e crianças acometidas por crises gripais e respiratórias.

Na manhã desta terça-feira, 9, o Jornal da Fan entrevistou Edicarlos Queiroz, assessor de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde, que orientou como os pais e os responsáveis por jovens e crianças que, porventura, apresentem sintomas alérgicos, gripais ou respiratórios, devem proceder na hora de buscar por atendimento médico.

“A gente tem feito a seguinte orientação aos pais que têm crianças com sintomas de síndromes gripais e com sintomas leves como tosse, gripe e febre, pois são crianças que, pelas características, apresentam sintomas de baixa complexidade. Essas crianças devem ser atendidas nos municípios, nos hospitais municipais, que estão de portas abertas e podem atendê-las. Fazemos essa recomendação para que o Hospital da Criança, que regula pacientes para o Huse, atenda a casos mais graves, de média e alta complexidade. A procura tem sido muito alta no Hospital da Criança, mas vemos que essa orientação tem surtido efeito. A gente observa que os pais têm levado seus filhos para as unidades básicas e isso tem feito com que o Hospital respirasse mais um pouco, mas, essa demanda vem aumentando novamente, porque os pais estão, novamente, levando seus filhos diretamente para o Hospital da Criança e isso dificulta o atendimento, pois temos recebido uma procura maior, com crianças apresentado sintomas graves. Por isso é importante que, crianças que apresentem sintomas leves, sejam conduzidas às unidades básicas de Saúde”, explicou o assessor.

Edicarlos Queiroz também informou que a Secretaria aumentou em 37 unidades o número de leitos, nas duas últimas semanas e entregou a pediatria de alta complexidade do Hospital da Criança: “Veio em um momento oportuno. Foram mais de 21 leitos extremamente qualificados para atender a essas crianças com sintomas graves. Além desses, ampliamos mais 15 leitos, totalizando 36 leitos à disposição da sociedade”, detalhou o assessor.

O porta-voz, no entanto, pontuou aquele que tem sido o maior problema encontrado pela Secretaria. “A grande dificuldade é a contratação de um especialista, de um intensivista pediátrico, um profissional raríssimo hoje no mercado. Ampliamos a rede estadual, mas poderíamos ampliar a capacidade de atendimento com um intensivista pediátrico. Também estamos contratualizando leitos na rede privada. Na semana passada nos reunimos com o Hospital Santa Isabel. Fizemos a proposta de contratar 10 leitos de UTI’s, só que o Santa Isabel também está encontrando dificuldades em contratar um intensivista pediátrico. Os hospitais particulares estão aumentando as escalas dos intensivistas pediátricos, contrataram mais especialistas e dobraram a remuneração destes profissionais. É uma dificuldade que o Hospital filantrópico também está encontrando. Temos uma nova reunião marcada para hoje com o Santa Isabel e a expectativa é que a gente contratualize 10 leitos qualificados de terapia semi-intensiva”, contou Edicarlos.

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