Acontece nesta quinta-feira, 6, no Fórum Gumercindo Bessa, em Aracaju, o júri popular do sargento da Polícia Militar Denni Hallison Borges Vieira, acusado de assassinar o auxiliar administrativo Chelton Luiz, de 28 anos. O crime aconteceu em novembro de 2020, na Avenida Canal 3, no Conjunto Augusto Franco, Zona Sul da capital, durante a comemoração da eleição de um vereador.
De acordo com o relatório da polícia, Chelton foi baleado no pescoço ao tentar separar uma briga entre um amigo e o policial à paisana. Segundo o irmão da vítima, Charles José, após os disparos, o policial fugiu do local. Chelton ficou internado em estado grave por 12 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), mas não resistiu e morreu em decorrência de choque séptico. Durante a confusão, outro homem também foi atingido na orelha pelo militar. Após os disparos, o policial fugiu do local.
O inquérito da Polícia Civil apontou o indiciamento do sargento da PM, na época cabo, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Ele responde em liberdade.
O julgamento deverá se estender até a sexta-feira, 7, e contará com a participação de sete jurados, sorteados entre 25 convocados. No tribunal, serão ouvidas quatro testemunhas de acusação e duas de defesa, além do réu.
Irmão da vítima pede justiça
Quatro anos após o crime, a família de Chelton aguarda por justiça. “Meu irmão não volta mais, mas queremos um conforto para que outras pessoas não sejam vítimas e para que policiais que cometam crimes não fiquem impunes. Quero justiça”, declarou Charles José.
