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Foragido da justiça catarinense é preso por aplicar diversos golpes em Sergipe
Da redação
23/08/2024
Um homem de 61 anos, foragido da justiça catarinense, foi preso por aplicar golpes em Sergipe. A ação policial ocorreu no bairro Novo Paraíso, Zona Norte de Aracaju, nessa quinta-feira, 23.
Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto na cidade de Joinville (SC) pela prática do crime de redução à condição análoga à de escravo. Em Aracaju, a Delegacia de Turismo (Detur) identificou diversos golpes praticados pelo investigado, que se passou por representante de uma construtora de São Paulo.
O investigado praticou diversos golpes, em Aracaju, e vitimou mais de dez pessoas, três hoteis, uma loja de informática e um escritório de coworking. Em Sergipe, investigações começaram quando um grupo de vítimas procurou a Detur e registrou um boletim de ocorrência, alegando que foram contratadas pelo investigado para trabalhar em uma construtora, aberta recentemente por ele, mas não receberam seus salários.
As vítimas desconfiaram que os documentos apresentados pelo homem poderiam ser falsos e que, provavelmente, a construtora não existia. Diante da situação, as vítimas acionaram a Detur, que contatou a Dipol. A Divisão de Inteligência identificou a localização do suspeito e confirmou a fraude documental.
O investigado foi encontrado na residência da namorada, no bairro Novo Paraíso, e foi conduzido à Detur, onde foi descoberto que ele estava usando o nome e os documentos de uma pessoa do Estado de São Paulo. Ainda na delegacia, a equipe policial identificou que ele é oriundo do Estado de Santa Catarina, onde já foi preso por estelionato, e conseguiu obter os documentos falsos no Estado do Paraná.
Além dos crimes que cometeu em Santa Catarina e no Paraná, o investigado também já foi preso, por estelionato, em São Paulo, onde possui dezenas de boletins de ocorrência, inquéritos policiais e processos judiciais registrados contra ele.
Em Aracaju, o homem utilizou o nome e os dados de uma famosa construtora de São Paulo, para alugar um galpão e um escritório de coworking, porém, ele não pagou os alugueis.Ele também utilizou os dados para adquirir oito computadores, três celulares e uma central telefônica, em uma loja de informática, e não pagou pelos itens.
Da mesma forma, o investigado enganou várias pessoas e simulou contratá-las para trabalhar na construtora, exercendo funções variadas, a exemplo de atendente, secretária, motorista, serviços gerais e vigilante, mas nunca houve qualquer pagamento de salário.
Desde o dia em que chegou a Aracaju, o investigado ficou hospedado em pelo menos três hotéis, localizados próximos à Orla de Atalaia. Nos estabelecimentos de hospedagem, ele utilizou documentos falsos para não pagar as diárias. Antes do vencimento das últimas diárias, ele não retornou aos hotéis e chegou a abandonar malas de roupas vazias, dentro dos quartos.
As investigações continuam em andamento, na Detur, para identificar todas as vítimas e contabilizar os prejuízos causados pelo investigado. Outras eventuais vítimas podem procurar a unidade policial para registrar o boletim de ocorrência. Informações e denúncias sobre o caso também podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (181). O sigilo do denunciante é garantido.