Mesmo sob aplausos dos fãs, Assisinho cometeu um erro e Afrânio pagou “pelo Pato”

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Bastidores

Por Narcizo Machado

Olhando tudo após alguns dias, o que parecia ser apenas uma fofoca localizada revela, na verdade, o contexto de uma política feita “com o fígado”.

Algumas questões merecem respostas: Era mesmo necessário expor, em vídeo, um homem pobre, idoso e possivelmente dependente do álcool, apenas para dizer que ele buscava sob efeito de álcool uns segundos de fama?

A imagem que Assisinho construiu como bom prefeito é tão frágil a ponto de ser abalada por uma declaração descontextualizada — a tal ponto que o levou a sair de casa, de madrugada, para “resolver” a situação?

Desde o início da semana, repercute em todo o estado de Sergipe um vídeo planejado, gravado e divulgado pelo prefeito de Malhador, Assisinho (PSD). Nas imagens, ele vai à casa de um cidadão para “cobrar satisfação” e “tirar a limpo” uma reclamação.

O contexto — já exaustivamente explorado — todos conhecem: um idoso, não natural de Malhador, visivelmente embriagado, buscou seus minutos de fama fazendo queixas contra o prefeito na imprensa de Itabaiana. Do outro lado, um político movido pelo fígado e pelo coração, deixando de lado a razão. Talvez por insegurança.

Por mais que o prefeito tenha suas razões e justificativas, errou ao não agir com equilíbrio. Arriscou-se no limite de causar um dano ainda maior à própria imagem — tudo em nome da lógica das redes sociais e da tão buscada “viralização” de vídeos. E não é a primeira vez que a emoção quase trai Assisinho.

O idoso poderia ser desmentido — e até desmascarado — sem que o tom fosse de desmoralização.

Uma fonte ligada a Assisinho revelou à Coluna Bastidores que, por a reclamação ter sido gravada em Itabaiana, o prefeito associou o episódio a interesses políticos, uma possível ação orquestrada por ex-aliados seus que residem na capital serrana, Itabaiana.

Afrânio não imaginava que acabaria “pagando o pato” — ou “pelo pato”.

Se até o governador reconheceu o erro e pediu desculpas, por que você não faz o mesmo, Assisinho?

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