Desemprego sobe para 6,8% no trimestre terminado em fevereiro, diz IBGE

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao trimestre anterior, que terminou em novembro de 2024, houve elevação de 0,7 ponto percentual no índice. Naquele mês, a taxa de desocupação foi de 6,1%, a menor de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2012.

Em contrapartida, o rendimento médio dos trabalhadores, R$ 3.378, no trimestre encerrado em fevereiro de 2025, assim como o número de trabalhadores com carteira assinada, 39,6 milhões, chegou ao recorde histórico da série.

A taxa de desocupação repetiu seu valor mais baixo entre os trimestres encerrados em fevereiro (6,8%), que havia ocorrido em 2014. Além disso, se comparada ao mesmo trimestre (dezembro a fevereiro) do ano passado, a taxa de desocupação ficou 1,0 ponto percentual abaixo. 

A população desocupada cresceu 10,4% frente ao trimestre anterior, chegando a 7,5 milhões de pessoas. Esse contingente, no entanto, está 12,5% menor que o registrado no mesmo trimestre de 2024. 

A população ocupada do País recuou 1,2% frente ao trimestre anterior e chegou a 102,7 milhões de trabalhadores. Esse contingente ainda é 2,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Número de trabalhadores com carteira assinada bate recorde

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 39,6 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012. Houve alta nas duas comparações da pesquisa: 1,1% (ou mais 421 mil pessoas com carteira assinada) no trimestre e 4,1% (ou mais 1,6 milhão de trabalhadores) no ano.

Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 6,0% no trimestre e manteve estabilidade no ano. O número de empregados no setor público (12,4 milhões) recuou 3,9% no trimestre e subiu 2,8% no ano.  Enquanto isso, o contingente de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 1,7% no ano.

Como resultado desses movimentos, a taxa de informalidade teve ligeira redução: 38,1% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7% no trimestre encerrado em novembro de 2024 e, igualmente, 38,7% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024.

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