Durante a coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 13, para esclarecer o procedimento investigativo em torno do assassinato do advogado José Lael de Souza Rodrigues, no dia 18 de outubro, na Zona Sul de Aracaju, a irmã da vítima, a médica Rosane Rodrigues deu um forte depoimento. 

Ela informou que a viúva de Lael, a cirurgiã Daniele Barreto, uma das pessoas presas por suspeita de envolvimento no crime, não compareceu ao sepultamento da vítima. 

“Foi um comportamento muito estranho, ela não participou do sepultamento, ela, no dia, a cidade pequena, então chegou aos nossos ouvidos que ela havia ido ao cabeleireiro logo depois. Ela mandou uma empresa de limpeza limpar o sofá e as cadeiras para tirar o cheiro dele dentro de casa”, contou Roseane. 

Na oportunidade, a irmã do advogado também demonstrou preocupação com a segurança do sobrinho, que estava no mesmo veículo do pai no momento da execução e chegou a ser atingido, mas sobreviveu. 

“No dia seguinte, dois dias depois, eu fui na casa dela pegar roupas para o meu sobrinho que estava hospitalizado, foi uma tentativa de homicídio, a gente quer saber qual foi a motivação disso, até porque nós temos dois outros filhos, dois herdeiros, né? Então se a motivação foi dinheiro, eu não sei qual é o risco que os meus sobrinhos correm por causa disso”, completou. 

Durante a coletiva, Roseane também classificou o assassinato como uma “emboscada” articulada dentro da própria casa da vítima, neste caso, fazendo menção ao suposto envolvimento da viúva. 

“Morreu numa emboscada, morreu sangrando pelo pescoço, no colo do filho sem nem imaginar de onde isso teria vindo, e ter vindo de dentro da própria casa. Então o que a gente pede é que nesse país todas as pessoas vítimas que perderam seus entes queridos pela violência sintam que existe justiça. A justiça precisa ser feita para todas aquelas pessoas que são vítimas nesse país”, finalizou.