A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP/SE), segue fortalecendo a capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) sobre temas voltados à saúde sexual e reprodutiva. Dessa vez, a formação aconteceu em Propriá, sede da regional do Baixo São Francisco, e contou com a participação de agentes que atuam diretamente nas comunidades da região. 

A iniciativa visa qualificar os profissionais para orientarem de forma mais eficaz os usuários dos seus territórios, promovendo o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS). A ação realizada pela Funesa demonstra o compromisso com a  Educação Permanente para os agentes de saúde, reforçando a importância de mantê-los atualizados para atuar com eficácia nas comunidades. Essas capacitações não só beneficiam os profissionais, mas também garantem que os usuários tenham acesso a informações de qualidade, contribuindo para a promoção da saúde e o bem-estar da população.

Segundo Maria Soeli Cardoso, agente de saúde de Propriá há 20 anos, o curso foi fundamental para aprofundar o conhecimento sobre temas relevantes no cotidiano do trabalho. “Aprendemos muito sobre os métodos anticoncepcionais, incluindo o DIU, que pode ser colocado por enfermeiras capacitadas, o que facilita a vida das pessoas. Também abordamos questões de gênero, algo essencial para atender bem a comunidade”, destacou.

De acordo com Tatiane Freire, agente de saúde há 24 anos, a capacitação trouxe uma atualização necessária para os profissionais que estão na linha de frente. “A saúde está sempre evoluindo, e nós, que lidamos diretamente com a população, precisamos estar em constante capacitação. O curso abriu um leque de novas informações que podemos repassar à comunidade e aos colegas de trabalho”, ressaltou.

A capacitação também abordou a importância de orientar os adolescentes sobre saúde sexual e prevenção de doenças. Para o enfermeiro José Victor Ramos a capacitação para os agentes de saúde é uma estratégia que fortalece o trabalho das equipes. “Muitas vezes, o agente comunitário não tem tanto domínio de determinados assuntos e encaminha tudo para a equipe de saúde. Com essa capacitação, eles ganham autonomia para resolver questões simples, como a orientação sobre o uso de anticoncepcionais, sem sobrecarregar os profissionais de saúde”, explicou.

 Segundo José Wilson dos Santos, agente de saúde em Propriá, o curso foi extremamente proveitoso e ofereceu novos conhecimentos que já estão sendo compartilhados com outros colegas. “Foi um aprendizado que eu não tinha, e assim que voltei para a unidade de saúde onde eu trabalho, comecei a repassar as informações para os colegas. A capacitação nos preparou para orientar melhor a população sobre métodos anticonceptivos e a prevenção da gravidez na adolescência, algo que sempre me preocupou”, afirmou Wilson.