PUBLIEDITORIAL

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual da Saúde (Funesa), promoveu a capacitação “Além CEO” para servidores dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) dos municípios de Boquim, Capela, Laranjeiras, Nossa Senhora da Glória, Propriá, São Cristóvão, Simão Dias e Tobias Barreto.

O evento teve como objetivo proporcionar um espaço valioso para reflexão e aprendizado, destacando a importância da equidade, acolhimento e comunicação efetiva nos serviços de saúde. Durante o “Além CEO”, os participantes assistiram palestras direcionadas ao atendimento dos usuários dos CEOs.

Segundo a psicóloga social Lidiane Drapala, é necessário acolher todas as pessoas de maneira irrestrita, reconhecendo as especificidades sem preconceitos. “É essencial desenvolver estratégias robustas para tratar a população LGBTQIAPN+ com dignidade e respeito, garantindo acesso igualitário à saúde bucal. O cuidado em saúde precisa ter equidade, acolhimento e não pode fazer diferença no acesso a direitos, mas essa diferença é que traz a singularidade da pessoa”, afirmou.

O psicólogo clínico Henio Rodrigues, um dos palestrantes do evento, abordou as dinâmicas raciais no Brasil. “A desigualdade racial impacta profundamente o acesso aos serviços de saúde. Trazer este tema para o evento visa mobilizar uma postura mais assertiva e diminuir os níveis de racismo nas instituições de saúde, garantindo que todos tenham acesso aos seus direitos básicos sem preconceito”, revelou. 

Acolhimento 

O cirurgião-dentista Sérgio Giansante destacou a importância do evento para o dia a dia e como o acolhimento aos usuários e aos pais são fundamentais para a realização dos procedimentos.

“O evento nos ensinou a importância da comunicação verbal e não-verbal. Atender usuários especiais exige uma abordagem diferenciada, ouvindo e compreendendo suas necessidades para um tratamento eficaz e humano.”

Especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (OPNE), Thaynês Batista ressaltou que o encontro pontuou situações que os profissionais vivem no dia a dia e não conseguem perceber.

“O evento nos fez refletir sobre as dificuldades enfrentadas por usuários e cuidadores. É crucial que os profissionais de saúde estejam atentos às dores físicas e emocionais dos usuários, oferecendo um atendimento empático e compreensivo”, concluiu.